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22/03/2019 - 16:57 | Atualizado em 22/03/2019 - 17:04

ESTRADAS RUINS - Proprietários de veículos pagaram R$2,55 milhões em quatro municípios, no período de 59 dias

Cinquenta por cento do valor pago pelos proprietários de veículos dos municípios de Reserva do Cabaçal, Araputanga, Quatro Marcos e Mirassol D’Oeste; destinados ao Estado, poderiam custear a MT-175 sem nenhum buraco

Por Folha de Araputanga

Nada justifica o descaso com a conservação das vias públicas estaduais, sob a responsabilidade do governo mato-grossense e, sequer com a pouca atenção que às vezes é relegado certos logradouros nos Bairros das Cidades.
 
Dizem que os números são frios, porém, não mentem, pelo contrário, eles revelam a possível falta de planejamento ou de ampla visão dos gestores, para conservar, no período adequado do ano, o pavimento asfáltico, construído a peso de ouro e, custeado direta ou indiretamente, com o recurso dos impostos pagos pelos proprietários de veículos.

TRAJETO

A via é particularmente utilizada pelos moradores de quatro municípios O percurso da MT-175 estende-se do Município de Reserva do Cabaçal, passando por Araputanga, São José dos Quatro Marcos e, Mirassol D’Oeste, até a BR-070 no entroncamento do Cacho.

MUITO DINHEIRO

Os proprietários de veículos dos município acima citados, recolheram a título de IPVA, somente nos meses de janeiro e fevereiro/2019 o montante de R$2.556.246,24 (Dois milhões, quinhentos e cinquenta e seis mil, duzentos e quarenta e seis reais), considerando que 50% do total é repassado aos municípios e o restante R$1.278.123,12 (Um milhão, duzentos e setenta e oito mil, cento e vinte e três reais), são destinados aos cofres estaduais.


BURACOS COMO ERVA DANINHA

Conhecendo o montante dos valores arrecadados, fica impossível compreender como o assunto buracos em rodovias possam ser tão recorrentes, sem ao mesmo tempo, nos ligarmos ao que dizia Confúcio: “Não são as ervas más que afogam a boa semente, e sim, a negligência do lavrador”.

Do trocadilho citado é possível inferir que se o gestor ‘dorme’, os buracos tomam conta da rodovia e, funcionam como a erva daminha na agricultura.

GESTORES QUE SE CALAM

Trocando em miúdos, os gestores têm responsabilidades ao ignorar o problema, quando são representantes eleitos, para falar e buscar recursos ou resolver problemas que dificultam a vida da população, afinal, é para falar em nome do povo/eleitor, que vereadores, prefeitos, deputados, governadores e, todos os políticos, são eleitos; eles não pediram o voto de confiança para se omitir quando os problemas se agigantam.

FIM DA PASSIVIDADE

Novas práticas de reinvenção da política precisam ser adotadas por aqueles que militam nessa seara, pois, desde as manifestações de junho de 2013, o eleitor passou a ‘apontar o dedo sobre gestores inaptos’ e, a recente campanha que levou Bolsonaro à presidência, demonstrou que, no conjunto, o povo deixou de ser passivo e quer nova postura daqueles que pediram para figurar como representantes.

PROPOR PARCERIA

É jocoso e trágico ouvir argumentos que uma rodovia não pode ter buracos eliminados pelo governo municipal, mesmo que tenha recurso disponível em caixa, porque tal rodovia pertence à esfera estadual. A expressão soa como falta de vontade política. Talvez custe menos energias ao gestor, propor parceria com a instância Executiva (se não faz sua parte) e, resolver o problema, pelo menos na extensão territorial municipal.

O SONORO, NÃO!

 Se algum gestor não consegue convencer o Executivo do Estado a estabelecer convênio para viabilizar trafegabilidade segura, é possível que na próxima eleição poderá ouvir sonoro NÃO, caso tente progredir ou se manter no cargo.  É esperar a urna eletrônica, para saber, se haverá políticos colocados para o ostracismo, por decisão do eleitorado.

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  • por Souza Silva, em 22.03.2019 às 20:11

    Esse governo não vai virar é nada, novamente caímos no conto do vigário, agora saiu com uma: QUE NAO TEM VARINHA MAGICA, mas quando era candidato ficava todo todo prometendo o que já saberia que não iria cumprir. Preparem que irá ficar pior, com esse monte de políticos ineficazes e desnecessários!

 
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