Jornal Oeste

O Poder Executivo nomeou para o cargo de Secretária Municipal de Educação, a auxiliar administrativa Marli Andromede Ferreira. Ela foi eleita vereadora nas eleições de 2016 com 227 votos e chegou a ocupar o cargo de Presidente da Câmara Municipal, mas foi cassada após denúncia do Ministério Público Eleitoral.

À época, o Ministério Público acusou Marli de praticar ação eleitoral oportunista, visando compra indireta de votos, ao distribuir 1.500 kits escolares sem a existência de programa social previsto em lei, o que teria contribuído para que saísse vitoriosa das eleições.

A auxiliar administrativa recorreu da decisão, mas ela foi mantida pelo Tribunal Regional Eleitoral, que determinou o seu afastamento da função pública legislativa, condenou-a ao pagamento de multa de R$ 10 mil e declarou sua inexigibilidade por oito anos, o que a impede de ser candidata nesse período.

Agora, nomeada Secretária de Educação, passará a receber um salário mensal de R$ 7.887,00, valor superior aos R$ 5.330,09 que Marli receberia caso permanecesse no cargo de vereadora.

A frente do novo cargo, a servidora terá a missão de "incentivar a implantação de curso superior, presencial e à distância, fazendo a inclusão universitária da clientela estudantil do município", promessa recorrente nas campanhas eleitorais, mas que, não cumprida, ainda obriga jovens de Mirassol D'Oeste a recorrerem a cidades vizinhas em busca de formação profissional.