O servidor e vereador Dênis Antônio Maciel estava de serviço quando teria ameaçado policiais com um pedaço de madeira e brigado com sua mulher na última sexta-feira (08) em Cáceres. É o que mostra a escala de serviço que a redação do Jornal Oeste recebeu com exclusividade.
Segundo uma testemunha que não quis ser identificada, o servidor que trabalha no setor de Raio X do Hospital Regional de Cáceres, estava de plantão diurno no dia e por volta das 15 horas saiu. A testemunha conta também que sair do seu plantão é uma prática comum de Dênis no serviço.
“Ele( o vereador) todo plantão dele, ele não fica. Só almoça fora. Na sexta-feira ele bateu ponto, muitos estavam lá e viram ele trabalhar até umas 15 horas. Se pedir para ver na câmera vão saber disso”, denuncia a testemunha.
Entramos em contato com o Diretor do Hospital Regional, Onair Azevedo Nogueira, e o mesmo disse que irá se reiterar da situação para depois tomar as providências cabíveis.
A redação também apurou que o servidor já responde por algumas PAD (Processos Administrativos) no hospital.
O fato segundo o Boletim de Ocorrências
Segundo a polícia, o fato ocorreu no pátio de uma instituição onde a mulher dele, de 36 anos, trabalha. O Boletim de Ocorrências relata que o marido chegou ao local e avançou nas mãos da sua convivente para pegar o celular.
O vereador começou a xingá-la de vagabunda e sem vergonha, na frente de outros trabalhadores e alunos da instituição.
Ao tentar sair do local para registrar um boletim de ocorrência, a mulher foi impedida pelo marido. Mesmo com a intervenção do segurança da instituição, o vereador não permitiu que a vítima deixasse o local. A polícia foi acionada.
Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, ao ver os policiais chegarem ao local, o vereador tentou fugir, mas foi cercado. Dênis teria usado um pedaço de madeira para ameaçar os policiais.
A polícia alega que foi preciso usar de força física moderada para conter o suspeito e levá-lo até a Central de Flagrantes para registrar o boletim de ocorrência.
A versão da vítima
Em entrevista ao Cáceres Notícias, a esposa conta que ela e o vereador haviam discutido pelo aplicativo WhatsApp, uma vez que ela estava na coordenação de várias ações alusivas ao dia internacional da mulher e não estava respondendo às mensagens do seu marido.
Por conta disso, iniciaram-se as discussões e o vereador disse que iria até onde ela estava trabalhando para falar pessoalmente com ela, independentemente de quem estivesse lá. Com medo, a vítima acionou a polícia pelo 190, uma vez que o acusado estava no pátio do seu trabalho e ameaçava “falar alto”. Quando o grupamento da PM chegou mandou que ela fosse ao CISC para registrar o Boletim de Ocorrência.
No depoimento realizado na Policia Civil da vítima, ela alega que o vereador estava à injuriando pelo celular, que foi até o trabalho dela e que ameaçou falar alto com ela durante o evento em que estava coordenando.
A vítima saiu do seu local de trabalho antes do acusado, que ficou lá com a PM, então não sabe o que aconteceu até a sua chegada ao CISC.
A polícia vai investigar o caso.