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10/11/2009 - 00:00

Maggi diz que deixa o governo em abril para ser candidato a senador

Por Jornal Oeste

JULIANA SCARDUA Da Reportagem O governador Blairo Maggi (PR) confirmou pela primeira vez, publicamente, que será candidato ao Senado em 2010. O líder republicano também negou renunciar ao cargo estadual um ano antes do término do mandato. Segundo Maggi, ele só deixará o posto no Palácio Paiaguás em abril do ano que vem, prazo imposto pela Justiça Eleitoral para desincompatibilizações, no caso de governadores. Monossilábico, Maggi taxou como ‘invenções’ da imprensa as informações de que se desligaria do cargo no final de 2009. Questionado sobre o fato de que líderes do próprio PR já tinham confirmado há semanas tal plano político, Maggi desconversa, e diz ter se tratado de um equívoco. Numa nova pergunta, sobre o que faria ao se desligar em abril do governo, Maggi é então enfático: “Só saio em abril e vou ser candidato ao Senado”. As declarações à imprensa foram dadas durante evento oficial na tarde de ontem, na zona rural de Cuiabá. Ao frisar que irá se candidatar ao Senado, Maggi também descartou abrir mão do plano para apoiar, em período integral, a candidatura da ministra Dilma Rousseff à presidência da República. “Sou candidato da minha vida”, brincou. As declarações do republicano encerram uma série de conjecturas sobre seu próprio destino político. Conforme o Diário já havia antecipado com exclusividade, o plano original de Maggi, selado num acordo político com o PMDB, era o da renúncia ao cargo um ano antes do final do segundo mandato, uma plataforma à candidatura do vice-governador, Silval Barbosa (PMDB), à sucessão. Porém, um fato novo na cena política teria feito Maggi rever abruptamente a ideia: a saída do empresário Mauro Mendes do PR rumo ao PSB, abrindo campo para uma dupla candidatura na base governista. Na prática, mais que a vaga na campanha presidencial de Dilma, com a opção pela senatória, Maggi acaba por descartar taxativamente tanto um dos ministérios do governo Lula, também em reta final de mandato, como o retorno, em caráter integral, às atividades empresariais. As conjecturas chegaram a apontar como o caminho político mais provável a mudança para uma cadeira na Esplanada dos Ministérios, considerando o perfil de executivo estampado pelo governador – que também esboçou, por repetidas vezes, certo cansaço com a vida política. Por outro lado, com índices de aprovação que superam a casa dos 70% em pesquisas divulgadas por diferentes institutos, a leitura geral no meio político é de que Maggi partirá para uma disputa ao Senado sem dificuldades. Embora já tivesse descartado assumir um ministério em declarações recentes, Maggi não havia ainda admitido a decisão final pela senatória. Há poucos dias, ele chegou a dizer que mudanças de plano se deram por conta da crise interna instaurada dentro do PR, pela “ausência de um grande líder na legenda”.
 
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