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19/02/2019 - 14:18

MP e Águas do Pantanal vão exigir na polícia que Da Silva prove denuncia de compadresco

Por Expressão Notícias

A promotora Liane Amélia Chaves, titular da 2ª Promotoria de Justiça Civil de Cáceres e o diretor da autarquia Águas do Pantanal, Paulo Donizete Costa, registraram Boletim de Ocorrência Policial contra o diretor da Coomdec, Francisco da Silva que, inconformado pelo embargo da cooperativa, por determinação judicial, afirmou que o MP estaria praticando crime ambiental, bem como agindo em “compadresco” (relação entre compadres) e “trairagem” junto a autarquia. Em um vídeo distribuído em redes sociais, Da Silva citou, inclusive, o Poder Judiciário, em “mazelas” junto ao MP e a Águas do Pantanal.

O embargo da Cooperativa Mista do Desenvolvimento de Cáceres foi requerido pelo MP e atendido pelo Poder Judiciário, através da juíza da Quinta Vara Judicial, Hanae Iamura de Oliveira. Além da suspensão temporária das atividades da Coomdec, o MP sugeriu a doação dos materiais apreendidos no local ou a incineração. Tendo a justiça optada pela segunda opção.

“Eu coloco aqui para a população e as autoridades constituídas para que tomem as providências nas mazelas, neste município, através do Ministério Público, Poder Judiciário e a autarquia Águas do Pantanal”. Na gravação Da Silva indaga sobre quem irá “arcar” com as despesas de alimentação dos trabalhadores da cooperativa que perderam o emprego em razão do embargo.

”Quem vai arcar com a alimentação dos trabalhadores? Eu duvido muito que a promotora vá pagar alguma coisa; duvido muito que a autarquia Águas do Pantanal que trabalha com dinheiro do povo recolhido da taxa do lixo e da água que já é um absurdo vai querer pagar” diz acrescentando que “o MP que deveria ser o guardião da lei está agindo ao contrário: existe um compadresco entre o MP e a autarquia Águas do Pantanal, que temos condições de provar, através de documentos. A nossa indignação a trairagem da promotoria no município”

A Coomdec vem cometendo crimes ambientais há 20 anos, diz promotora

A promotora Liane Chaves afirmou que registrará o B.O, para que seja apurada a “conduta delituosa de Da Silva” uma vez que ele teria imputado crime a servidor público no exercício de sua função, bem como para exigir que ele prove na Justiça, que existe “compadresco” e “trairagem” por parte do MP com a Águas do Pantanal. A promotora enfatizou que “a Coomdec vem cometendo crimes ambientais há aproximadamente 20 anos, haja vista que a própria cooperativa informou na Ação Judicial que está há 20 anos “trabalhando” no município e até hoje, depois de duas décadas, não possui licença ambiental”

A promotora explicou que o inquérito que originou na Ação Civil Pública foi instaurado em 2010, mas fora ajuizado somente no ano de 2013, porque a cooperativa não solucionou o problema. Além disso, segundo ela, mesmo tendo se passado três anos, a promotoria “tentando solucionar o problema de forma amigável realizou Termo de Ajustamento de Conduta – TAC com a Coomdec. Porém, a cooperativa, mais uma vez, ignorou, deixando de cumprir com as determinações exigidas no acordo, o que motivou seu embargo”

A promotora mencionou ainda que os materiais que se encontravam na sede da Coomdec, no dia de seu embargo, não estavam cobertos como afirma Da Silva. Segundo ela “existiam muitos materiais como latas, recipientes de plásticos, madeiras e entre outros que estavam ao tempo, acumulando água e servindo de criadouros para mosquitos transmissores de doenças e animais peçonhentos. E, isto será relatado no relatório dos oficiais do Juizado Volante Ambiental (Juvam), que cumpriram a determinação judicial”

Em relação à solicitação de lacres nos portões, após o embargo, conforme a promotora, foi necessário, uma vez que houve notícias de que a Coomdec, ao ser embargada pela primeira vez, continuava realizando trabalhos na calada da noite. Diante disso, com o fim de evitar episódios idênticos, solicitou ao poder judiciário, em sua manifestação de embargo, a colocação dos lacres.

Salienta que, foi necessária a retirada do material do local, uma vez que a presidente da cooperativa havia mencionado o risco de incêndio, caso os materiais ficassem nas dependências da Coomdec estando esta com suas atividades embargadas. Os materiais foram encaminhados, provisoriamente, ao Centro de Triagem, por ser o local mais apropriado para recebê-los. No entanto já houve uma determinação do poder judiciário, para que estes sejam incinerados.

Diretor da autarquia Águas do Pantanal, Paulo Donizete, afirmou que registrou B.O contra Da Silva, em razão das acusações infundadas contra ele e automaticamente a instituição que representa. “Na verdade esse senhor está tentando inverter os fatos, passando de réu para vítima” diz acrescentando que a “autarquia Águas do Pantanal, não teve nenhuma manifestação nesse processo judicial que se arrasta há quase 20 anos, quando a Águas do Pantanal, nem existia” afirmou.

“Esse senhor, na verdade, se utiliza o nome da Coomdec para enganar a opinião pública e levar vantagens ilícitas, quando na verdade não passa de um atravessador que explora o trabalho de pessoas humildes há quase duas décadas” diz o diretor acrescentando que “a revolta de Da Silva é porque a autarquia não coaduna e tampouco apoia esse tipo de atitude”.

Paulo Donizete afirma que, com o registro da ocorrência policial e as provas evidentes da atitude ilegal de Da Silva, a justiça venha, finalmente, tomar as providências necessárias para que fatos lamentáveis como esses não voltem a se repetir. Além disso, Paulo diz que lamenta que ações de atravessadores travestidos de cooperados tenham atrapalhado o início da coleta seletiva em Cáceres há mais de um ano. “Esses (atravessadores) sim estão causando prejuízos aos verdadeiros catadores porque com essas ações estão atrapalhando a criação de cooperativas sérias compostas de verdadeiros catadores”.

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  • por Bugre pantaneiro, em 25.02.2019 às 22:17

    Esse malandro tem que ir pro chilindro vagabundo ladrão 171

  • por Tibúrcio junco pantaneiro, em 20.02.2019 às 20:48

    Se a cooperativa retira lixos das ruas para reciclar, quem está cometendo crime ambiental não é a cooperativa , são os moradores e até mesmo os orgãos públicos que colocam os lixos na rua, no meu entendimento.

  • por joao, em 19.02.2019 às 15:21

    Todo mundo conhece esse Da Silva! Se existe homem mais malandro na cidade do que ele duvido! Vive dando nó nos outros e se aproveitando. Tinha que mofar na cadeia safado. Tomara que a promotora Liane Amélia Chaves consiga por ele no Casão!

 
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