Jornal Oeste

Em entrevista ao Jornal Oeste, o Auditor Público Interno, graduado em Direito e  Ciências Contábeis, Hebertt Villarruel fala sobre a disputa pela vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que será indicado pela Assembleia Legislativa (AL).

Ainda sem indicação de nenhum deputado estadual, pré-requisito para concorrer ao cargo, Hebertt é apoiado pela Associação dos Auditores e Controladores Internos dos Municípios de Mato Grosso (Audicom-MT).
O auditor público fala sobre o que motivou a disputar pelo vaga.

“O nosso nome nasceu da busca de colocar um pouco de luz ao processo de escolha de um conselheiro do Tribunal de Contas (em outras palavras de um juiz de contas” conta Villarruel.

Hebertt fala também do novo momento no país em que a população se cansou de ocupação de cargos com indicação política e que pedem por escolhas mais técnicas para as vagas.

“A população brasileira e principalmente a matogrossense já deu demonstrações nas últimas eleições de que não quer que as coisas na política continuem como estavam. E é essa população, são a esses cidadãos que pretendemos chamar a atenção para que acompanhem esse processo de escolha e cobrem de seus representantes - os deputados estaduais eleitos - que esse processo de escolha seja eminentemente técnico pois o Tribunal de Contas é um importante órgão em nossa República”, pondera o auditor.

A fala de Hebertt vai ao encontro do que um dos braços direito do governador Mauro Mendes (DEM), o secretário de Fazenda Rogério Gallo exige para vaga.

“É fundamental ter um corpo técnico de excelência, um bom nível técnico com os conselheiros e o órgão só tem de contribuir com a estabilidade fiscal do Estado. Então é muito importante que esta escolha aconteça e que o novo membro do tribunal assuma com este espírito republicano de contribuir com o equilíbrio fiscal do Estado”, defendeu o secretário.  A afirmação foi dada no evento da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt), na última sexta-feira (15).

Hebertt já foi presidente da Associação durante 3 mandatos e também controlador interno dos municípios de Porto Esperidião (326 km a Oeste de Cuiabá) e Alta Floresta (803 km ao Norte). Ele também já atuou como professor do curso de Direito da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) em Alta Floresta.
A vaga em questão era de Humberto Bosaipo, que renunciou ao cargo em 2014 quando estava sendo investigado por corrupção. Pela Legislação, a Assembleia Legislativa indicaria um novo nome, mas uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) barrou o processo até o começo de fevereiro, quando houve nova decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Entre os nomes que chegaram a ser cogitados e podem ser indicados até terça-feira estão os juízes Eduardo Calmon e Yale Sabo Mendes, o promotor Mauro Zaque e os deputados estaduais Sebastião Rezende (PSC) e Faissal (PV).

Max Russi, assim como Guilherme Maluf estão sendo os principais nomes que vem conquistando maior número de apoio, conforme fontes da Assembleia Legislativa.

Na semana passada, o deputado estadual Wilson Santos (PSDB) revelou que irá indicar o ex-auditor da prefeitura de Cuiabá, Luiz Mário Barros, mas garantiu que não irá votar nele. Os 24 deputados podem indicar nomes para a vaga até a próxima terça-feira (19).
Em seguida, os candidatos serão analisados por uma comissão.