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09/11/2009 - 00:00

Túlio e Kishi em rota de colisão antes de um ano de governo

Por Jornal Oeste

Jornal Expressão Sinézio Alcântara O relacionamento harmonioso entre o prefeito Túlio Fontes (DEM) e o vice-prefeito Wilson Kishi (PDT) pode estar chegando ao fim antes de um ano de governo. Embora não confirme publicamente, Kishi suspeita de que esteja sendo articulado um “complô” contra ele, com a participação direta de Fontes, visando às eleições de 2010. A estratégia teria como pivô o assessor de comunicação Gonzaga Júnior, diretor do site “JornalOeste”. Gonzaga estaria sendo orientado a promover uma campanha para “minar” a resistência de Kishi alimentando o site com notícias desfavoráveis a secretaria de Obras. O objetivo seria forçar o secretário a deixar a pasta desgastado para que o prefeito ficasse livre no sentido de apoiar a candidatura do vereador Celso Fanaia (PSDB) a deputado estadual, em detrimento ao vice-prefeito, que também é pré-candidato. Túlio descarta. Ele assegura que não existe nenhum complô e que sequer está pensando em 2010. “Não existe complô algum. Não estou pensando em eleições. Se sai Kishi ou Tetinho. O que eu quero é trabalhar para que essa administração caminhe bem. 2010 fica para depois”, assegura. Apesar da recusa do prefeito, há que se considerar alguns pontos. Recentemente Kishi em contato com Túlio informou que estaria procurando o assessor para tirar satisfações. Conhecendo o temperamento de Kishi, Túlio o desaconselhou, afirmando que como vice-prefeito ele não poderia tomar essa atitude. “É inaceitável que funcionário pago pela prefeitura, como o assessor de comunicação, ao invés de divulgar as nossas ações nos critique, como vem sendo feito. Ele só pode estar sendo orientado ou tendo respaldo de alguém”, disse o secretário. Ainda recentemente, o assessor em contato com a reportagem do Jornal Expressão, sugeriu para que fosse elaborada uma matéria sobre a possível queda do vice-prefeito da secretaria de Obras. “A situação do pexe (Kishi) não é boa. São muitas cobranças, tanto externa como internamente. Ele pode deixar a pasta a qualquer momento” pautou. Na terça-feira, após ouvir críticas de ouvintes durante o programa Canal Aberto, da Rádio Clube FM, Kishi participou para desabafar: disse que a secretaria de Obras não avança porque falta estrutura. Revelou que nos últimos dias não existe sequer um litro de óleo diesel para abastecer as máquinas da prefeitura. Na tentativa da minimizar o desabafo do secretário e vice-prefeito, Túlio entrou no final do programa dizendo que Kishi tinha razão em cobrar, mas que “em querer fazer e poder fazer há uma distância muito grande”. Kishi também sentiu-se desprestigiado quando o apresentador do programa Luizmar Faquini afirmou no ar que, em uma conversa reservada com o prefeito, este teria demonstrado insatisfação com o desempenho da secretaria de Obras. “Ora, ele não tem nenhuma razão para reclamar de nada. A secretária não dispõe de nenhuma estrutura. Além disso, essas conversas têm que ser com o secretário ou, no mínimo, com a participação dele”, argumentou Kishi. O vice-prefeito reafirma publicamente que só deixará a secretaria de Obras em 31 de março de 2010 quando estará se descompatibilizando da administração para candidatar-se a deputado estadual. “Se depender de mim só deixo a pasta em 2010 quando saio para candidatar-se a deputado”. Diz acrescentando que “posso até sair antes se o prefeito o exonerar”. Por outro lado, Túlio diz que “Kishi é um bom secretário. E, que todos têm tratamento igualitário na administração”. O outro lado O jornalista Gonzaga Júnior, citado na reportagem como pivô de um suposto complô contra o vice-prefeito e secretário de Obras, Wilson Kishi lamentou o envolvimento do seu nome. Para ele, o vice-prefeito cometeu um equivoco e está misturando a função de Assessor de Imprensa da prefeitura com a de Editor do www.jornaloeste.com.br. “A prefeitura contratou o jornalista Gonzaga Júnior para ser seu Coordenador de Comunicação e não o Jornal Oeste”, justificou acrescentando que este tipo de relação não comum em Cáceres, talvez por isso as criticas. Com relação a menção da reportagem sobre um contato com a redação do Jornal Expressão, para sugerir a elaboração de uma matéria sobre a possível queda do vice-prefeito da secretaria de Obras, Gonzaga Júnior disse que foi mal interpretado pelo jornalista Sinézio Alcântara. "Assessor de Imprensa não é pago para criar atrito", resumiu o jornalista que já foi assessor de imprensa da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Governo do Estado, Unemat e da Câmara de Vereadores de Cáceres.
 
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