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07/11/2009 - 00:00

Mato Grosso terá chuva acima da média, diz Sipam

Por Jornal Oeste

Assessoria A Divisão de Meteorologia do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), órgão da Casa Civil da Presidência da República, divulga hoje (6) o boletim climático com prognóstico para a Amazônia Legal para o próximo trimestre (novembro, dezembro e janeiro de 2010). De acordo com informações do boletim, os modelos de previsão climática mostram que o fenômeno El Niño ainda deve continuar atuando na região do Pacífico Equatorial, causando chuvas abaixo do normal, principalmente, na porção Norte da Amazônia e precipitação acima da média em outras áreas, sobretudo na porção sudoeste da região Amazônica. “Os Estados de Roraima, Amapá, centro-norte e nordeste do Amazonas, norte do Pará e norte do Maranhão devem ter chuvas abaixo da média. Já o sul do Pará, sul de Tocantins, nos setores sul, leste e nordeste do Mato Grosso, e sul e oeste de Rondônia poderão ter chuvas acima da média. Nas demais áreas, a chuva deverá ocorrer dentro dos padrões climatológicos”, explica Ana Cleide Bezerra, meteorologista do Centro Regional do Sipam em Manaus. Em anos em que o fenômeno El Niño se estabelece, há o enfraquecimento dos ventos alísios, que sopram de leste para oeste nas proximidades da linha do Equador. Com isso, todo o Pacífico equatorial fica aquecido, gerando mais evaporação em sua porção central e leste. "O El Niño desloca a mancha de água quente para a América do Sul e aumenta a formação de nuvens nessa área e em suas proximidades. Assim, chove mais na parte oeste da América do Sul, em área que atinge Estados como o Acre, Rondônia, Mato Grosso e parte do Amazonas", ressalta José Carvalho, meteorologista do Sipam em Porto Velho. Já fora dessa área de influência, o clima fica mais seco, como ocorre no Amazonas. No Amazonas, atraso nas chuvas O período chuvoso no Amazonas inicia em outubro e uma das características dessa época é a ocorrência de pancadas fortes de chuvas, determinando o final do período de transição e início da estação chuvosa, entre os meses de outubro e novembro. “No entanto, o aquecimento anômalo no oceano Pacífico equatorial proporcionou um atraso na estação chuvosa, essas condições não impedem que ocorram pancadas de chuvas acompanhadas de trovoadas isoladas. As chuvas irão ocorrer ao longo do período chuvoso, porém não com a mesma freqüência como um período chuvoso com condições oceânicas dentro dos padrões normais”, afirma Ana Cleide. Na região do Rio Negro as chuvas deverão apresentar-se abaixo dos padrões climatológicos e na região do Solimões a previsão é que fiquem dentro dos padrões normais. Em outras áreas, chuvas chegaram antecipadamente Se em parte do Amazonas as chuvas atrasaram, em alguns pontos dos Estados, situados no sul da Amazônia, as chuvas acontecem acima do normal. Na divisa do Amazonas com Rondônia, em área que abrange a capital de Porto Velho, o fato ocorre desde agosto. Em setembro o clima também foi chuvoso em toda a porção oeste do Acre, desde o município de Mâncio Lima até Tarauacá e em grande parte do Mato Grosso. Neste trimestre, é tradicional a precipitação aumentar gradativamente no sul e sudeste do Amazonas, Rondônia, sul do Pará e estado do Mato Grosso, especialmente, no final do trimestre, quando se torna maior a freqüência de ocorrência da Zona de Convergência do Atlântico Sul (sistema típico de verão na América do Sul). Temperaturas As temperaturas deverão ficar acima da média em toda porção norte da Região Amazônica, incluindo o Amazonas, centro e norte do Pará, Roraima, Amapá, e norte do Maranhão. Eventos de sistemas frontais intensos poderão deixar as temperaturas ligeiramente abaixo da média no centro-sul do Mato Grosso, enquanto, as demais áreas estarão dentro dos padrões climatológicos. O boletim climático da Amazônia é elaborado todos os meses pelo Sipam. As discussões para a elaboração do boletim são realizadas uma vez por mês, nos Centros Regionais do Sipam em Manaus, Belém e Rondônia, contando com o apoio de órgãos parceiros. Entre eles estão o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Defesa Civil, Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Fundação Estadual de Meio Ambiente Ciência e Tecnologia de Roraima FEMACT-RR) e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
 
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