Jornal Oeste

Comerciantes retirados do prédio da antiga estação rodoviária central de Cáceres, na Avenida Sete de Setembro, resistem em se instalarem no espaço da rodovia José Palmiro da Silva, no bairro Cidade Nova. Até na sexta-feira (11), apenas dois dos 18 boxes do terminal haviam sido ocupados. Somente os guichês destinados às empresas de ônibus estavam sendo utilizado, normalmente. Diretor da empresa Horizonte Engenharia Ltda, Marlon Brandt Pinheiro diz que estará adequando, gradativamente, o prédio para abrigar os comerciantes.

Eles foram despejados da rodoviária do centro, na quarta-feira (9/1), durante ação de reintegração de posse, feito pela Polícia Militar. Reclamam que, além da distância do centro da cidade, a estrutura do terminal é deficitária. “Aqui o movimento é muito pouco. Creio que por ser distante do centro” diz a vendedora de brinquedos e bijuterias Ana Maria dos Santos. “Precisa melhorar muito. Mas parece uma fazenda” comparou o vendedor de confecções João Batista de Oliveira.

Diretor da empresa Horizonte Engenharia Ltda – detentora da concessão do terminal -, Marlon Brandt Pinheiro admite que, o prédio necessita de alguns reparos. Porém, segundo ele, será feito gradativamente. “Já fizemos várias reformas no prédio. Só não foi feito mais, diante da incerteza que tínhamos sobre a decisão judicial. Agora que está definido, a nossa intenção é fazer o que for melhor para acomodar adequadamente os comerciantes” assinala lembrando que o prédio tem espaço para 18 boxes.

Marlon diz que nunca se opôs a desocupação do imóvel, desde que as empresas de ônibus também fizessem o embarque e desembarque no terminal rodoviário “José Palmiro da Silva”. O contrato de exploração dos serviços de embarque, desembarque e do comércio, no interior do novo terminal é datado de 2004.

Por outro lado

Ainda não está definido o que será feito do imóvel da antiga rodoviária. O Conselho de Gestão da Previ-Cáceres deve se reunir, nos próximos dias, para avaliar e decidir. A diretora do instituto previdenciário, Luana Ortega Piovesan, disse que a Previ-Cáceres estuda algumas propostas de viabilidade econômica, porém, nada está acertado.

“O Conselho de Gestão da Previ-Cáceres vai se reunir nos próximos dias para decidir. Vislumbramos algumas propostas de viabilidade econômica. Mas, nada está definido. Todas e quaisquer definições só serão deliberadas pelo Conselho de Gestão” assinalou afirmando que, embora o imóvel necessite de reforma imediata, isso também só será definido após a reunião.

Reintegração foi determinada pela justiça há 10 meses

A reintegração de posse, em favor do município, foi determinada pelo juiz Ricardo Alexandre Riccielli Sobrinho, no dia 1 de março de 2018.  Foram 10 meses de preparação pelo comando da PM até a execução da ação no dia 9 de janeiro de 2019. O mandado determina que a empresa Horizonte Engenharia, cumpra à risca o contrato administrativo, com objetivo de “passar a executar a exploração dos serviços de transporte rodoviário” na chamada “nova Estação Rodoviária”, nominado Terminal Rodoviário José Palmiro.