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07/11/2009 - 00:00

Em meio à crise, Prefeito de Poconé demite servidores e reduz salários

Por Jornal Oeste

RDNEWS A maioria dos prefeitos mato-grossenses resolveram “cortar” funcionários para se adequar à Lei de Responsabilidade Fiscal. A situação não é diferente em Poconé (a 100 km da Capital), conhecida pelas belezas do Pantanal e cavalhada. Lá, o prefeito reeleito Clóvis Martins (PTB) já dispensou 100 servidores e prevê novo corte. “Devemos mandar embora mais umas 50 pessoas”, confirmou o gestor, durante o IV Encontro dos Prefeitos de Mato Grosso. Ele conta também que reduziu o salário dos secretários de R$ 3,5 mil para R$ 3 mil e dos diretores de R$ 2,5 mil para R$ 2 mil. Ao total são 899 servidores que consomem mensalmente R$ 1 milhão. “Nossa arrecadação com ICMS e FPM caiu pelo menos 7% em comparação a 2008, por isso, precisamos tomar essas medidas”, conta o petebista. A receita da cidade é de R$ 23 milhões. O gestor que desrespeitar a LRF, pode incorrer em ato de improbidade administrativa. Assim, fica sujeito a punições como multa, restituição ao erário e até perda dos direitos políticos. Com a chegada do final do ano, os gestores “apertam os cintos”, afinal, além da folha de pagamento mensal terão de pagar o 13º salário. Prefeito de Paranatinga demite 50 servidores para superar queda de receita Apesar da arrecadação acumulada em R$ 10,7 milhões nos nove primeiros meses do ano, o prefeito de Paranatinga (a 375 km de Cuiabá), Vilson Pires (PRP), demitiu mais de 50 servidores de secretarias consideradas “secundárias” devido à queda na receita do município. “A receita mensal, que gira em torno de R$ 2,1 milhões, caiu pelo menos R$ 500 mil”, avalia. Segundo ele, a folha de pagamento já beira os 52%, percentual considerado preocupante. Pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), as despesas com pessoal e encargos sociais não podem ultrapassar 54%. “Só de concursados, temos 500 servidores. Não podemos demitir aqueles lotados nas secretarias consideradas essenciais, como as de Saúde, Educação e Transporte. Então tivemos que tirar 50 pais de família de outros setores, com muita dor no coração”, alega. Assim como o presidente da AMM e Prefeito de Jauru, Pedro Ferreira de Souza, Vilson defende a antecipação parcelada do repasse de R$ 100 milhões do ICMS pelo Estado aos municípios. “É o produtor que faz as maiores exportações, tanto de carne como de soja. Os municípios precisam de parcerias tanto dos governos do Estado e Federal. Não estamos aqui fazendo política, mas pedindo socorro”. A economia de Paranatinga gira em torno da pecuária, soja, arroz e milho. O município conta com um dos frigoríficos mais modernos da América do Sul, que exporta 95% da produção para a União Européia. “É a nossa galinha dos ovos de ouro, tem segurado a nossa economia”, explica Vilson, ao detalhar que a unidade emprega duas mil pessoas diretamente e gera outros 500 empregos indiretos. (Andréa Haddad)
 
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