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18/12/2018 - 10:55

MP investiga doutor Gimenez por "boca de urna" no dia da eleição

Por Folha Max

Folha Max

 (Crédito: Folha Max)
O deputado estadual eleito Luiz Amilton Gimenez (PV) se tornou alvo de denúncia eleitoral à Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) pela suposta prática de boca de urna durante as eleições deste ano, no dia 7 de outubro. A denúncia foi protocolada no Ministério Público Federal (MPF) no início da noite da última quinta-feira (13).

A denúncia, a qual o FOLHAMAX teve acesso com exclusividade, foi baseada em um boletim de ocorrência registrado em São José dos Quatro Marcos (308,3 Km de Cuiabá) contra três pessoas ligadas ao então candidato. Elas são acusadas de arregimentar eleitores no momento da eleição nas proximidades de colégios.

De acordo com o documento, eleitores denunciaram à Polícia Militar a presença de um veículo supostamente suspeito nas proximidades dos colégios eleitorais, que distribuía santinhos para cidadãos e os tentava persuadir a votar no candidato Dr. Gimenez. Os policiais então foram enviados para averiguação e se depararam com o carro, tal qual descrito pelos eleitores.

Na ocasião, a PM apreendeu folhas de cheque emitidos pela campanha do candidato, dinheiro em espécie, dezenas de contratos de prestação de serviço de cabos eleitorais, folhas de caderno com vários nomes e santinhos do candidato. A PM, no dia do fato, levou à delegacia os suspeitos Roberto Carlos de Moura, que se identificou como coordenador de campanha do candidato; Francisco Lúcio de Souza; Izaias Salvador Filho; e Letícia do Nascimento Pires.

Ao serem questionados, eles afirmaram que o dinheiro seria utilizado para pagar funcionários da campanha não localizados anteriormente. Já referente aos nomes contidos no caderno, os suspeitos alegaram se tratar de lista de nomes destes funcionários.

Na ocasião, os policiais apreenderam R$ 361,00 em espécie; um cheque no valor de R$ 500,00, em nome da campanha do candidato; e um cheque no valor de R$ 1,1 mil em nome de Elaine Palermo Tercis Moura. Todas estas apreensões estavam em posse de Roberto.

Os agentes também apreenderam os valores de R$ 1.225,00 e R$ 113,00, que estavam em posse de Izaias e Francisco, respectivamente. No veículo, os policiais encontraram e levaram para a delegacia 32 contratos de prestação de serviço; cinco cheques preenchidos no valor de R$ 500,00, em nome da campanha do candidato, totalizando R$ 2,5 mil; cinco folhas de caderno com vários nomes; e uma porção de santinhos do candidato.

Ao serem questionados, todos afirmaram que estavam recolhendo todo o material de campanha que havia restado e que o levaria para a sede do comitê do candidato para fazer a devolução.

O caso foi enviado à 52ª Zona Eleitoral e a juíza Lilian Bartolazzi L. Bianchini não viu indícios de boca de urna. “Se é assim, a princípio, não parece haver relação entre o comportamento atribuído aos supostos autores do crime e o material apreendido e relacionado no ofício 1294/2018/DP-SJIVM, exceto o material de propaganda eleitoral (sacola de santinhos). De se ver que, especialmente os cheques, foram emitidos nominalmente e os beneficiários estão relacionados na prestação de contas de campanha, do candidato Doutor Gimenez, como cabos eleitorais”, diz.

Em seguida, a juíza encaminhou o caso ao Ministério Público Eleitoral (MPE), que identificou que dois dos nomes listados no caderno não constavam na prestação de contas do candidato. Entre eles, o documento destaca os nomes de Wallison e Geraldo Aparecido da Silva, cujas inscrições estavam acompanhadas pelos valores de R$ 750,00 e R$ 1 mil, respectivamente. “Além disso, utilizou-se de cabo eleitoral (Izaias Salvador Filho) que confessadamente seria fiscalizador de campanha e também percebe benefício previdenciário, portanto, impedido”, diz trecho do documento.
O crime de Boca de Urna consiste em fazer propaganda eleitoral em favor de um candidato no dia das eleições. Eleito pela primeira vez para Assembleía aos 67 anos, Gimenez é médico e conquistou 12.058 votos em outubro.
OUTRO LADO
Em nota, o parlamentar afirmou desconhecer o conteúdo da denúncia. "O deputado estadual eleito Dr. Gimenez informa que desconhece o teor da denúncia e que ainda não foi notificado pelo Ministério Público Federal nem pelo Tribunal Regional Eleitoral. Ambos, inclusive, aprovaram a prestação de contas de campanha, julgada na semana passada. O novo parlamentar informa ainda que está a disposição para prestar todos e quaisquer esclarecimentos que forem necessários e irá se inteirar do assunto assim que for notificado", disse.
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  • por isaias filho, em 18.12.2018 às 11:43

    ola pessoal venho aqui informa a tds que essa materia relacionada a esse vinculo ao nome do deputado dr, gimenez não tem nada haver com compra de voto foi uma denucia do concorrente ao mesmo cargo de deputado estadual concorrido no pleito eleitoral desse ano no qual ja foi julgado na comarca de de 4 marcos e nada foi provado de errado contra as pessoas envolvida e menos contra nosso deputado dr, gimenez . ass, izaias filho,,, fico a disposição pra maiores esclarecimento 99646.6829

 
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