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18/08/2018 - 08:41

MPF entra com ação contra Francis por permitir desvio de função de servidores

Por Assessoria de Comunicação/MPF

Ilustração

 (Crédito: Ilustração)
Desvio de função do cargo de Agente de Combate às Endemias do município de Cáceres (MT) é alvo de ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal. A ação baseia-se nos elementos colhidos no âmbito do Inquérito Civil Público nº 1.20.001.000107/2016-75.
De acordo com a ação, dos 41 agentes de controle de endemias vinculados à Secretaria Municipal de Saúde de Cáceres, apenas 34 desempenhavam, efetivamente, as atividades inerentes ao cargo, enquanto o restante atuaria em funções administrativas. O inquérito aponta ainda que o número de agentes estaria abaixo do mínimo estabelecido no Programa Nacional de Controle de Endemias, que prevê a necessidade de 1 agente para cada conjunto de 1.000 residências.

A ação também apontou as dificuldades enfrentadas pelo município de Cáceres no combate à dengue e à chikungunya, relatando a existência de 58 casos notificados de dengue, 932 de zika vírus, 4 de chikungunya, bem como 40 casos de suspeita de microcefalia. Além disso, há cópia de parecer subscrito por assessor especial do Executivo Municipal recomendando ao secretário de Saúde a adoção de providências no sentido de verificar servidores vinculados à pasta que estivessem desenvolvendo funções em desacordo com aquelas inerentes ao cargo público de origem.

Entre os servidores em desvio de função encontra-se Evanilda da Costa Nascimento Félix que, contratada para exercer o cargo de agente de controle de endemias, exerce de fato, desde o ano de 2011, cargo administrativo. Consta, inclusive, representação informando que a servidora, mesmo em efetivo exercício no cargo de Coordenadora de Vigilância em Saúde de Cáceres, recebe verbas repassadas ao município como complemento do salário-base dos agentes de combate às endemias.

O MPF destaca na ACP que fato de fundamental importância e que potencializa o perigo de dano é que, em breve, estará em curso a estação chuvosa na região, que aumenta sobremaneira os riscos de infestação e contaminação pelos vetores das doenças endêmicas.

Diante disso, o MPF requer que seja concedida antecipação de tutela para obrigar o município de Cáceres a determinar o retorno de todos os servidores públicos municipais contratados como agente de combate às endemias – e que, atualmente, estejam em desvio de função – às funções que lhes são inerentes, conforme previsto no artigo 4º da Lei 11.350/2006 e nas Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue.

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7 comentários

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  • por joao, em 20.08.2018 às 08:32

    Tem que tomar processo, não sabe administrar dinheiro publico. E ainda é arrogante e não aceita opiniões e criticas.

  • por Nanda, em 19.08.2018 às 15:18

    Cada um no seu quadrado...outras secretarias tem que ser igual...

  • por Jader Ramey, em 18.08.2018 às 14:31

    Trabalho HONESTO gera desenvolvimento ÉTICO!!!!

  • por Orlandir Cavalcante, em 18.08.2018 às 13:40

    Isso chama se "desenvolvimento ético" kkkkk

  • por so observar, em 18.08.2018 às 11:20

    Sera que não tem como adiantar esse processo.

  • por Leandro, em 18.08.2018 às 10:20

    Pois é, queria só saber pq nosso município não está cadastrado para receber médicos do programa mais médicos ? Quase todas as cidades do Mato Grosso está, mas cáceres como sempre nessa política sem necessidade, picuinhas, ações sem noção, pastas ocupadas por uns e outros que não fazem valer a pena. Está difícil , está muito difícil ! Cadê os vereadores que juram trabalharem para o povo que não observaram isso é muito mais coisas que passam por aqui, que não cobram, que não se vê movimentos de fiscalizações. Para que tantooooo vereador e demais políticos empencados em folha de pagamento nessa política sem resultados ?

  • por Servidora Indignada, em 18.08.2018 às 08:51

    Desvio de função de agente? E o desvio de finalidade dos cargos comissionados? Todos trabalhando na campanha do Cláudio Henrique? E a pressão que estão fazendo sobre nós que tomamos posse agora, dizendo que estamos em estágio probatório e que se não apoiamos o candidato do prefeito vamos rodar? Cadê o MPF para investigar isso?

 
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