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31/07/2018 - 10:54

População de Cáceres rejeita a proposta de ampliação de área de preservação do Pantanal

Por Assessoria

Assessoria

 (Crédito: Assessoria)
Em uma Consulta Pública realizada nesse dia 30.07, no auditório Sophia Leite, em Cáceres, produtores rurais, membros da sociedade civil e representantes de ongs ambientais debateram a proposta de criação de 4 Unidades de Conservação em Cáceres e Poconé.

Para o vereador de Cáceres Cézare Pastorello (SD), a criação dessas unidades pode prejudicar ainda mais o produtor rural na região, principalmente o pecuarista. "O grande defensor do pantanal é o pantaneiro, principalmente os pecuaristas que já estão consorciados com o bioma há mais de 200 anos. Em que pese as áreas propostas de reserva serem na parte alagada, elas criam uma faixa de entorno, com restrições de uso, que pode prejudicar a pecuária. Então, não há como se discutir a criação dessas unidades apenas sob a ótica conservacionista. É preciso equilíbrio com a questão econômica-social", sintetiza Pastorello.

Pelas propostas apresentadas, seria ampliada a Estação Taiamã e criadas 3 novas unidades de modo a fazer um corredor ecológico entre o Parque Nacional do Pantanal e o Parque Estadual Encontro das Águas.

"As áreas propostas não são produtivas, são alagadas na maior parte do ano e não terão impacto nas propriedades. Esse corredor ecológico é importante para o trânsito livre da fauna do pantanal", afirma o biólogoDr. Daniel Kantek, chefe da Estação Ecológica do Taiamã.

Os diversos produtores rurais presentes fizeram uso da palavra e afirmaram que quem cuida do pantanal é o pantaneiro. Todos afirmaram que reconhecem a necessidade da preservação da biodiversidade, e que a presença da pecuária na região favorece o controle, impedindo os incêndios, por exemplo.

Por se tratar de uma Consulta Pública, prevista na Lei Federal 9.985/2000, não houve deliberação sobre a criação ou não das unidades, apenas foi aberto o diálogo com a sociedade.

"O Instituto Chico Mendes deve abrir um canal de diálogo com a sociedade cacerense e poconeana, os mais afetados pela criação das unidades, e promover um estudo dos impactos econômicos que a criação de tais unidades teria. São mais de 500 mil hectares de unidade de conservação, com mais 400 mil hectares de entorno. Ou seja, seria uma subtração de quase 1 milhão de hectares de área economicamente disponível dos municípios. Não podemos deixar essa discussão em segundo plano", finaliza o vereador Cézare Pastorello.

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2 comentários

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  • por Zeca, em 31.07.2018 às 14:18

    Que peste de Chico Mendes o que, o Mato Grosso precisa crescer, produzir e exportar! Claro que com respeito e preservação do meio ambiente. Mas isso os pantaneiros e demais produtores já fazem a dezenas de anos.

  • por CARLOS, em 31.07.2018 às 14:11

    eSSA BURGUESIA HIPÓCRITA NAO ME REPRESENTA, QUEREM MASI TERRAS PARA DESTRUIR.. QUEREM FICAR MAIS RICOS, GANACIOSOS E VEREADORES DE OLHO NA DOAÇÃO PARA CAMPANHA APOIAM...RIDICULOS

 
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