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01/11/2009 - 00:00

Pedro Henry briga com Riva para manter o PP atrelado ao Governo

Por Jornal Oeste

Diário de Cuiabá Cacique do Partido Progressista, o deputado federal Pedro Henry disputa com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado progressista José Riva, a condução das articulações políticas para 2010. Ele confidenciou a um membro da cúpula do PR que só aceitará seguir as orientações políticas de Riva caso o parlamentar assuma a disputa ao governo pelo partido. Caso contrário, Henry tentará tomar para si a tarefa de coordenar os entendimentos. É de conhecimento público a simpatia de Riva pelo nome do senador Jayme Campos (DEM) como via para a disputa pelo comando do Palácio Paiaguás. No entanto, o presidente do Poder Legislativo também destaca com frequência que considera prematuros os debates em torno da formação de alianças. Nesse contexto, as declarações de Riva que confirmam aproximação com o senador tem mexido com os ânimos do deputado federal. Ele é irmão do ex-prefeito de Cáceres, Ricardo Henry (PP), cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por abuso de poder político e econômico. O problema é que assumiu a gestão municipal, no lugar de Ricardo, o adversário nas eleições municipais de 2008, Túlio Fontes (DEM). A guerra travada na cidade entre democratas e progressistas ainda não foi digerida por Pedro Henry. Dessa forma, ele repreende uma possível aproximação entre a legenda e o Democratas – liderado em Mato Grosso por Jayme Campos. Nos bastidores do PP Henry vem arregimentando reforço para assegurar que as rédeas do partido não saiam de seu domínio. O presidente estadual da sigla, Chico Daltro, faz parte do grupo de progressistas que avaliam possível “tendência” de o PP selar aliança com o grupo político formado por legendas como o PR, PMDB e PT. Já o deputado federal Eliene Lima defende a liberação dos representantes da sigla no apoio político a ser dado para candidatos ao governo em 2010, caso o partido não se lance na disputa majoritária. “Eu já falei isso várias vezes no partido e vou voltar a defender se o PP não tiver espaço na majoritária. Aí fica mais fácil coordenar dentro do partido posições diferentes sobre apoio para candidato ao governo”, argumentou Lima, na sexta-feira. Para Eliene, não existe tendência no PP para possível coligação em 2010. Mesmo assim, admitiu que o governador Blairo Maggi (PR) mantém um relacionamento próximo com a bancada do partido e que isso pode colaborar para um entendimento com o PR. Eliene não quis avaliar o potencial político para liderança de chapa do vice-governador Silval Barbosa (PMDB) e do senador Jayme Campos (DEM). Entretanto, destacou que ambos são boas alternativas para liderança de chapa. Riva, que não esconde sua simpatia pelo nome do senador democrata, alerta sobre os debates prematuros no âmbito das alianças que, para ele, podem comprometer os debates sobre um programa de governo.
 
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