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06/07/2018 - 08:55 | Atualizado em 06/07/2018 - 08:57

Lavoura de soja do Pantanal tem a melhor produtividade do Brasil

Por Rose Domingues

Assessoria

 (Crédito: Assessoria)
Mesmo estando em uma região pouco tradicional no cultivo da soja, o produtor rural Raul Santos Costa Neto, de Poconé, alcançou o título de campeão estadual de produtividade pelo Comitê Estratégico de Soja Brasil (CESB) edição 2017/2018. Com uma produção de 100,41 sacas por hectare, ele atingiu volume recorde em Mato Grosso.
 
Concorrendo com mais de 5,5 mil inscritos ao 10º Desafio de Máxima Produtividade CESB, Neto ainda ficou em 3º lugar na região Centro-Oeste e 26º no ranking nacional. Há quatro anos atuando na Fazenda Lagoa Dourada, Baixada Cuiabana, esta foi a primeira vez que participou da premiação.
 
O produtor de uma família tradicional de Poconé, região da Baixada Cuiabana, frisa que o apoio técnico da Agroamazônia e a utilização dos equipamentos John Deere foram fundamentais para que alcançasse alta produtividade em um espaço curto de tempo e numa localidade que não tem histórico de produção agrícola.
 
"Estamos há muito pouco tempo desenvolvendo a integração lavoura-pecuária, em uma área de 1.500 hectares, concentrados por enquanto apenas na produção de soja, o que nos faz buscar cada vez melhor produtividade, pois não fazemos safrinha de milho. Cultivamos soja de novembro até final de março, depois substituímos por capim para o gado ao longo de três meses", explica.
 
Neto, que tem 40 anos, é médico veterinário e até então se dedicava apenas à pecuária, está muito satisfeito com os resultados que vêm obtendo na agricultura, entre eles, a recuperação das pastagens degradadas. Em apenas quatro safras de cultivo saiu de um índice de 1,5% de matéria orgânica no solo para uma média de 2,8% (área total), sendo que em algumas áreas da fazenda chegou a 4%.
 
Para participar do desafio da CESB, que é referência nacional, ele explica que selecionou algumas faixas menores da propriedade para serem monitoradas. Embora a produção geral da safra 2017/2018 tenha sido de 79 sacas por hectare, nessas áreas monitoradas para participar do desafio conseguiu alcançar 100,41 sacas/ha.
 
"Já estivemos reunidos recentemente com o engenheiro da Agroamazônia que nos ofereceu suporte neste desafio, para poder discutir mais melhorias quanto ao plantio. Temos condições muito específicas na região e pouca informação a respeito, por isso o acompanhamento tem que ser de perto e aperfeiçoado constantemente", acrescenta o produtor.
 
Na avaliação do empresário Marco Miranda, sócio-diretor da Áster Máquinas, a excelente classificação do produtor de Poconé se deve a um conjunto de fatores, entre eles, as soluções apresentadas por equipamentos agregam alta tecnologia no campo. "Estamos orgulhosos de fazer parte da história dos nossos clientes, apoiando e auxiliando para que consigam a máxima produtividade com o menor custo-benefício".
 
Sobre a premiação
 
Na 10ª edição do Desafio do Cesb, o estado com maior participação foi o Rio Grande do Sul, com 1808 produtores inscritos. Desde a sua criação, o Desafio Nacional de Máxima Produtividade, já recebeu mais de 20 mil inscrições de produtores rurais de todo o país. Em 2018, agricultores de 956 municípios participaram do evento.
 
O comitê é qualificado como uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), composto por 18 membros e 23 entidades patrocinadoras: Syngenta, BASF, Bayer, Jacto, Mosaic, TMG, Stoller, FMC, Monsanto, Sementes Adriana, Agrichem, UPL do Brasil, Aprosoja MT, Produquímica, Instituto Phytus, DuPont, Timac Agro,  PlantDefender,  e Ical.

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3 comentários

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  • por imazapir, em 06.07.2018 às 21:06

    Colou muito mal o título da matéria, principalmente pela guerra ideológica travada entre o agro e o "eco". É sabido que em nossa região temos solos com altíssima capacidade catiônica, os melhores do estado, o que confere às lavouras cultivadas em nossa região, invariavelmente, produtividades maiores que as das demais regiões do estado. Todavia, são solos apropriados ao cultivo de grãos das grandes culturas e em nada tem a ver com solos pantanosos sem a mínima capacidade de trabalhabilidade e oxigenação da área radicular das plantas. Temos sim, condições de despontar como região produtiva e com sustentabilidade, porém o título da matéria foi, no mínimo, midiático, provocativo e infeliz.

  • por Jr, em 06.07.2018 às 20:03

    Aí prefeitura, tenha visão de negócio e não perseguição para negócio !

  • por ORLANDIR G CAVALCANTE, em 06.07.2018 às 09:28

    Liberam veneno agora querem liberar o pantanal para o agronegócio... Vamos para onde?

 
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