Jornal Oeste

Na noite de ontem, 21, foi realizada uma grande assembleia com a comunidade em geral para tratar da situação atual da Escola Estadual Dr. José Rodrigues Fontes em que foi referendada a decisão pelos professores de paralisação imediata das atividades. Isso em resposta às ações truculenta da assessora interventora de Cáceres. Além de alegar que a escola está sob intervenção da Seduc para justificar suas atitudes colocou à disposição uma funcionária da escola sem passar pelo CDC, sem seguir os trâmites legais, sem consentimento da servidora, coagindo-a.

Além disso, segundo os professores, há uma tentativa por parte da gestão governamental em distituir o CDCE atual, mesmo sendo o governo quem prorrogou o mandato dos diretores e dos CDCEs em 2017, desrespeitando a lei 7040 da Gestão Democrática. Nesta tentativa, os recursos não podem ser geridos, pois mesmo depois de um mês da presença da diretora indicada a ata não foi registrada, nestes termos fora oferecido como lanche para os pequenos pão torrado e chá de capim cidreira por duas vezes, na semana passada.

Os profissionais foram impedidos de assinar o livro ponto retroativo a 10/5/18 por não ter sido confeccionado antes da chegada desta assessora. O que mais tem irritado os educadores é a ausência de ética, uma vez que cresceram os boatos pela cidade de que a escola em intervenção do ministério público. Ao ser questionada, a assessora disse que havia se enganado, a intervenção era da Seduc mas não há nenhum documento comprobatório disso.

Ao falecer uma funcionároa da escola na semana passada a assessora, segundo a diretora, proibiu a dispensa da aula/dia de luto. Ameaças veladas do fechamento da Eja da escola irritaram os alunos do noturno. Cansados dessas atitudes arrogantes e amedrontadoras, os profissionais cruzaram os braços até que venham pessoas responsáveis da Seduc que expliquem toda essa tentativa de desarticular e desmerecer esta escola, conhecida como um espaço de resistência e trabalhos com a diversidade, implementando projetos importantes e acolhendo em seu espaço, outros projetos e parcerias, como o grupo de remanescentes quilombolas de Pitacanudos.

Pedem ainda a saída da diretora nomeada qua até agora não gestou nada e eleição imediata, visto que a escola apresentou candidatos nos dois editais lançados pelo governo, mas não obteve nenhuma resposta do governo. Ontem, durante a assembleia a diretora mandou apagar as luzes da quadra, deixando o espaco escuro, mesmo estando cheio de crianças, dizendo que se alguma coisa acontecesse seria responsabilidade do CDCE.