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19/06/2018 - 12:12 | Atualizado em 19/06/2018 - 12:28

Português diz que pegou mesmo dinheiro mostrado na TV

Por Gazeta Digital

Ilustração

 (Crédito: Ilustração)
O ex-deputado estadual Airton Rondina Luiz, o Airton Português (PSD), um dos que aparecem nos vídeos entregues nas delações do ex-governador Silval Barbosa e de seu ex-chefe de gabinete Sílvio César Corrêa Araújo ao Ministério Público Federal (MPF), confirmou que recebeu os maços de dinheiro, que totalizaram R$ 50 mil, no ano de 2013.

Apesar disso, ele negou que se tratasse de vantagem indevida em razão do exercício do mandato de deputado, ou seja, que era beneficiário do chamado “mensalinho” pago pelo então governador Silval Barbosa. A declaração foi feita ao delegado da Polícia Federal Fabrício de Azevedo Carvalho, no último dia 29 de maio, no âmbito das investigações da Operação Ararath.

Segundo Airton, que hoje se dedica à pecuária, o dinheiro tratava-se de restos a pagar da campanha eleitoral de 2010, em que foi candidato e venceu o pleito para deputado estadual e também atuou como coordenador da campanha de Silval, na região de Cáceres.

Nessa função, o ex-deputado afirma que acabou assumindo dívidas de campanha do ex-governador, que acabaram sendo parcialmente pagas por ele mesmo com recursos próprios, não se lembrando do valor total da dívida.

Sobre a ocasião filmada de forma escondida por Sílvio Corrêa, então em seu gabinete no Palácio Paiaguás, Airton diz que não se recorda da data em que foi até o prédio do governo, mas confirmou que foi até lá após receber uma ligação de Sílvio Corrêa solicitando sua ida, mas sem avisar qual era o assunto, nem que lhe entregaria dinheiro ou que era para levar pasta ou mochila.

Questionado sobre a presença de sua irmã Vanice Marques no encontro com Sílvio Corrêa, Airton afirmou que foi uma mera coincidência, pois foi quem lhe deu carona.

Ao delegado da PF, Airton Português relatou que ao entrar no gabinete de Sílvio, já percebeu que havia alguns pacotes de dinheiro sobre a mesa, mas Sílvio não falou nada sobre aquilo. Apesar disso, Airton supôs que se tratava do pagamento da dívida de campanha que Silval tinha consigo.

O dinheiro então foi entregue por Sílvio e acabou sendo guardado na bolsa da irmã do então deputado. Ao chegarem em casa, Airton fez a contagem do dinheiro e verificou que havia R$ 50 mil.

A versão do ex-deputado contraria o que relataram em suas delações premiadas Silval Barbosa e Sílvio Corrêa. No mês de fevereiro, durante interrogatórios da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Paletó, na Câmara dos Vereadores de Cuiabá, Sílvio afirmou que o dinheiro pago aos deputados gravados se tratava de “mensalinho” pago como forma de Silval Barbosa obter governabilidade e apoio do Legislativo em projetos como o Mato Grosso Integrado. Já Silval Barbosa classificou o caso como extorsão dos deputados estaduais. 

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  • por Nanda, em 19.06.2018 às 23:39

    Vale meu Deus...enqto na fila do SUS, pessoas necessitando de atendimento especializado, medicamento para as doenças mais graves...e esses inconsequentes nem aí...é mta injustiça, tem q ir pra cadeia...ser condenado a 30 anos trancado...é pior q traficante!

  • por Jr, em 19.06.2018 às 18:37

    E chapeuzinho vermelho, Lobo mal, vovozinha e papai biel existem né ? Até parece ! Essa política tem que ser passada a limpo de uma vez por toda !

 
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