Notícias / Polícia

11/05/2018 - 13:23

Jornalista Bárbara Sá e fotógrafo Gilberto Leite do RDNEWS produziram o melhor Raio X do Gefron feito até hoje. Veja

Por Bárbara Sá

Gilberto Leite

 (Crédito: Gilberto Leite)
Na manhã do dia 25 de abril deste ano um avião bimotor decolou de uma pista clandestina na Bolívia em direção ao Brasil. Em questão de segundos, piloto e co-piloto receberam sinais da Força Aérea Brasileira (FAB) para pousar mas não obedeceram a ordem. O primeiro tiro foi dado em vão. Destemidos, insistiram em prosseguir, recebendo o segundo alarde, mas também não obedeceram. A FAB então deu o tiro de misericórdia e abateu a aeronave suspeita, que cruzava a fronteira Brasil-Bolívia entrando em céu mato-grossense.  Em pane, o bimotor fez pouso forçado no coração do Pantanal.

Local hostil, rodeado por água, matas e animais selvagens. Por dois dias, policiais federais e do Grupo Especial de Segurança na Fronteira (Gefron) caçaram o avião, que acabou sendo resgatado com 500 quilos de cocaína pura. O grau de pureza da droga impressionou os militares. Algo nunca visto em Mato Grosso.

Comprada na Bolívia por R$ 7,5 milhões, seria levada à São Paulo para abastecer os negócios da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Na revenda, valeria mais de R$ 10 milhões. À espera do produto, usuários brasileiros e também europeus de alto padrão. Mais de uma semana depois, não há informações se o piloto e o comparsa conseguiram nadar até as margens e fugir pela mata pantaneira. Este é o relato de um dos crimes mais comuns na região: o narcotráfico aéreo.

Para apurar de perto a realidade da fronteira, a equipe do  viajou por mais de 800 km. Saiu de Cuiabá e foi até Porto Esperidião, uma das 28 cidades que ficam no limite entre os países. De lá foi ao posto do Avião Caído, depois para o Corixo, seguiu para Cáceres, até San Matias, já na Bolívia.
Mário Okamura
Arte Gefron
Mapa, acima, mostra cidades que fazem fronteira e vilarejos onde moram pessoas  de baixa renda. Muitas famílias em condições de absoluta miséria
 
 Trata-se de uma região extensa com grande variedade de paisagens. Para percorrê-la, tem que passar por áreas urbanas, comunidades rurais ou por desertos inóspitos, de densa floresta. São 750 km de fronteira seca e mais 230 alagada. O local é cheio de estradas vicinais e trilhas conhecidas como "cabriteiras".

 A fronteira não é somente palco do tráfico e de crimes. Também comemora crescimento do setor agrícola, a criação de gados e o cultivo de soja. Tem áreas campeãs em produtividade.

O contraste socioeconômico é visível em vilas cortadas por assentamentos e fazendas. Moradores vivem em rincões tão distantes e em alguns casos esquecidos por políticas públicas e sobrevivem isolados na simplicidade, pobreza e com o narcotráfico batendo à porta.

O traço da população é indígena, mas é visível a mistura de raças, das culturas e das línguas.

 O trajeto
Gilberto Leite
Na fronteira
 Reportagerm viaja mais de 800 quilômetros acompanhando atuação do Gefron de MT
 
A reportagem viajou com apoio do Gefron de Porto Esperidião até o primeiro posto policial, por cerca de 80 km de estrada de chão, passando por fazendas e enfrentando muita poeira até o posto intitulado Avião Caído, que fica a exatamente 6 km da fronteira com a Bolívia entre as fazendas Lagoa Verde e Totora. O local ganhou este nome e é famoso por ter uma carcaça inteira de um avião em suas terras.

Moradores da região contam que o acidente ocorreu na década de 70. A aeronave de médio porte decolou do país vizinho com drogas e tentou pousar no local, que antes tinha pistas de pouso. Não conseguiu. Teve problemas mecânicos, mas ninguém ficou ferido. Quando adquiriu o local, o dono da fazenda, Paulo Pinto, manteve a carcaça em sua área. Ele representa um símbolo contra o tráfico de drogas. O fazendeiro é parceiro do Gefron, e foi homenageado pelo grupo, pelos trabalhos prestados.

Neste posto, entre as duas fazendas, quem tentar atravessar, tem parada obrigatória. No local, a reportagem foi recebida por três policiais militares, além do soldado Thalisson Paiva, do Gefron, com o parceiro dele, o cão Bart. O soldado conta como é feito o trabalho em equipe dos dois.

“O Bart trabalha comigo há um ano e seis meses. É uma importante ferramenta. Nos auxilia bastante nos trabalhos de buscas aos entorpecentes. Só o fato do cão estar presente causa um grande impacto, e com isso o trabalho de repressão ao tráfico fica ainda melhor na área de fronteira, principalmente por este posto ser bem próximo à Bolívia. Temos um fluxo grande de passagem de moradores. Mas ficamos atentos, pois sempre tem os que aproveitam para tentar atravessar com ilícitos”, explica o soldado que atua no Gefron há cinco anos.
Gilberto Leite
Na fronteira
 Gefron trabalha em região cheia de entradas para trilhas clandestinas, as chamadas cabriteiras. São estradas sem asfalto e pouco habitadas por moradores
 
Nesta área é possível ver o tráfego de bolivianos a cavalo indo e voltando de suas terras, uma vez que o posto fica a 6 km do limite entre os países e a 14 km de San Matias. Nenhum dos três cavaleiros abordados pela reportagem aceitou conversar.

A mais 90 km, fica o vilarejo identificado como Clarinópolis. Na Bispo Ribeiro, avenida principal do local, não existe asfalto. A estrada de terra abriga um bar, casas simples e igrejas. Em frente há uma congregação evangélica. A reportagem avistou um morador, de cerca de 30 anos de idade, vestido com uma camisa do time São Paulo, assentado em um banco, fumando o seu cigarro, despreocupado com o tempo. Também não aceitou conversar, apenas respondeu um “oi” ríspido e manteve os olhos firmes na direção do tenente-coronel José Nildo e o sargento Vitor que acompanhavam o .
 
Na rua lateral de frente à igreja católica mora o aposentado mineiro Sebastião Ferreira Souza, 62 anos. Ele  bateu um papo com a reportagem. Relatou que mora na vila há pelo menos 20 anos, que o local começou a ficar tranquilo a partir de 2003 quando o Gefron iniciou os trabalhos na fronteira.alimentava os moradores. Muitos 
“Antes entrava muito carro roubado, contrabandos e drogas por muitos caminhos. Com a chegada da polícia, isso deu uma amenizada. Muita gente, não somente nesta área como em outras sentiu a escassez do dinheiro, porque o tráfico movimentava e alimentava os moradores. Muitos comerciantes quebraram, mas ganhamos em segurança”, afirmou.

Isso é evidente nos números. Para se ter uma ideia de 2003 até abril deste anos o Gefron, calculando os valores apreendidos entre moedas nacional e estrangeiras de origens ilícitas, apreendeu quase R$ 16 milhões em dinheiro.

Um pouco mais a frente, em Corixo, uma escola fica a 100 metros do segundo posto do Gefron. Uma área totalmente rural, onde estudam 20 crianças entre quatro e 10 anos. Destas cinco são bolivianas, segundo a professora Renata Monise Alves, 30 anos.

“As aulas são das 12h às 16h. Temos um ônibus da prefeitura de Cáceres que busca e leva as crianças. Moro a 7 km daqui, em uma chácara. Até o ônibus vir buscá-los, eles ficam aqui brincando, jogando futebol”, detalhou.

A educadora relata como é o dia-a-dia de ensinar crianças tão longe das oportunidades e em meio aos perigos que as drogas representam. “Elas sabem o que acontece. Nas aulas conversamos sobre o tráfico, damos o exemplo de uma família que a polícia prendeu, um casal e três filhos com cápsulas de cocaína no estômago. As crianças tinham entre sete e 11 anos. É realmente complicado, mas mostramos como esse mundo é perigoso”, ponderou.
 
Bolívia

Ao chegar à Bolívia, é nítido ver que a miséria leva boa parte dos moradores a serem coniventes com o narcotráfico. Muitos trabalham diretamente no esquema; outros ganham a vida simplesmente auxiliando quem está atrás de cocaína.

Após a travessia do marco da fronteira, tem um ponto de táxi, com três motoristas. Eles atendem tanto bolivianos que querem chegar até  Cáceres, como recebem e levam brasileiros até San Matias.

A pobreza é tão impressionante quanto as trágicas histórias vividas por pessoas que se propõem a engolir cápsulas de cocaína, compara a poconeana Jociane da Silva Oliveira, 30 anos. A mato-grossense é casada com um boliviano. Mora há 5 anos a 100 metros do marco da fronteira, na Bolívia. “O terreno é do meu esposo e foi mais viável morarmos desse lado”, justifica.

Ela que tem três filhos, sendo dois meninos em idades de 8 e 11 anos e uma menina de 5, conta que as crianças estudam na escola do Exército, que fica a pouco mais 20 metros de onde moram.

“Meu marido vende água no posto de fiscalização do Gefron. Aqui onde estamos é tranquilo e seguro. Mas em San Matias, a 7 km daqui, as coisas são feias. Tento proteger e conversar com meus filhos. Há alguns anos uma colega minha foi presa, ela precisava muito de dinheiro e o filho de cinco anos tinha morrido. Aproveitou e colocou drogas no corpo dele. A polícia pegou e ela foi presa. Histórias como essa sempre ocorrem por aqui, é triste”, lamenta.
Gilberto Leite
Na fronteira
 Comandante do Exército boliviano, tenente-coronel Luz Mabel Calahuanca destaca parceria
 
A caminho da sede do Exército em San Matias a fiscalização é feita por dois soldados. Antes de levantarem a barreira para os veículos e motos passarem, conferem a documentação. É nítido que a fiscalização feita por policiais brasileiros é muito mais minuciosa.

A comandante do Exército boliviano a tenente coronel Luz Mabel Calahuanca, 26 anos, em entrevista ao , destacou a parceria com o Gefron. Contou como é feita as fiscalizações para a entrada no país e frisou que a polícia de Mato Grosso é quem faz o trabalho pesado contra o narcotráfico.

“Nós acompanhamos quem entra e quem sai, olhamos e controlamos as mercadorias da população de San Matias, o que não é muito. Estamos aqui para resguardar a fronteira e colaborar com as leis do governo. Uma vez que temos que acompanhar qualquer produto que entra e que sai da Bolívia, essa é a nossa principal missão”, explica.

Questionada sobre a violência e o tráfico de drogas na fronteira, ela avalia que a situação melhorou, desde dezembro de 2015, quando o presidente Evo Morales militarizou San Matías, considerado um município perigoso. Fez isso após uma série de assassinatos, parte deles relacionados à violência do narcotráfico. Conforme diz, o Exército conta com 17 homens trabalhando na fiscalização. 

“Atualmente nesta área está bem tranquilo. Quase não temos denúncias de assassinatos desde quando estou aqui. As pessoas que estão visitando a cidade têm buscado mesmo turismo e descanso, então não estamos tendo muitos problemas. Não temos visto cocaína nas fiscalizações, mas é também porque o Gefron atua fortemente nesta área, o que facilita o nosso trabalho”, elogia.

Apesar dos avanços, de volta para casa, fica a certeza de que o narcotráfico transformou cidades, vilas e assentamentos da fronteira em alguns dos lugares mais perigosos de Mato Grosso, a até mesmo do Brasil.

Heróis fictícios enfrentam vilões irreais, salvam a cidade e fazem sucesso na tela do cinema. Na fronteira Brasil-Bolívia, um grupo de militares encara rotina perigosa de combate a criminosos reais e de alta periculosidade, como os narcotraficantes. Destemidos, embrenham na mata ou no pantanal mato-grossense, com ideias mirabolantes e destreza. Por isso, são chamados de "heróis verdes" ou "guerreiros camuflados".

A reportagem do  acompanhou em Porto Esperidião (a 300 km de Cuiabá) seleto grupo de 150 homens que passam de sete a 21 dias longe de familiares e filhos com um único objetivo: proteger 980 km de fronteira entre seca e alagada, com foco em atuar contra o narcotráfico. Este seleto grupo é o Gefron. Foi criado para proteger os limites da fronteira, uma vez que Mato Grosso fica na rota internacional do tráfico de drogas.
Gilberto Leite
Na fronteira
Heróis reais, que lidam com diversas dificuldades, os militares do Gefron ficam longe de parentes e amigos por longos períodos, trabalhando na fronteira
 
Em 1997 a Polícia Internacional (Interpol) mapeou pelo menos 20 pontos de entrada no Brasil de drogas produzidas em países vizinhos e destinadas ao mercado europeu. O mapeamento fez parte das investigações da polícia e Justiça da Itália sobre as atividades internacionais das máfias italianas. 
Mário Okamura
presos_quadro
 Confira, acima, o ranking das pessoas presas pelos militares, que são encaminhados para delegacias especializadas
 
Sete Estados brasileiros constam no mapa do tráfico internacional: Amazonas, Acre, Rondônia, Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná. Carregamentos de cocaína, heroína e maconha ingressam no Brasil pelas fronteiras com Colômbia, Peru, Bolívia e Paraguai. No relatório os destaques de ineficiência eram para a falta de policiamento ou a precariedade neste setor.

Mas o que mudou em Mato Grosso 16 anos depois da criação do Gefron?

Destaque internacional em ações de enfrentamentos contra os crimes de fronteiras, em parceria com a Polícia Federal, o Gefron tem apreendido mais drogas que países do primeiro mundo. Um exemplo disso é os Estados Unidos, que gastam mais de US$ 700 milhões ao ano para fiscalizar a fronteira com o México, que tem 3.141 km de comprimento, e é facilmente patrulhável, devido à vegetação desértica. Assim mesmo, a região é muito instável e os problemas de segurança são notórios. No comparativo, não tem apreendido a mesma quantidade de drogas que o Gefron. O trabalho do agrupamento de Mato Grosso tem inclusive impedido que quilos de cocaína entrem no país estadunidense.
Mário Okamura
Gefron ações
 Dados, acima, mostram resultados da atuação do Gefron entre 2014 e 2018 na fronteira entre Mato Grosso e Bolívia
 
Pela maneira eficaz de proteger a fronteira, o Gefron vem ganhando destaque.

Criado em 2002, entrando em operação em 2003, a unidade completou em março deste ano, 16 anos. Fiscaliza 28,6 % dos 3.423 km de fronteira entre Brasil e Bolívia, incluindo todos os Estados na divisa. O trabalho é difícil, árduo. Eles atuam contra invasões, carros roubados, saques a fazendas, roubo de gado e o narcotráfico.

Antes disso, a fronteira de Mato Grosso com a Bolívia, segundo moradores, era uma "terra de ninguém". Para se ter uma ideia, de janeiro a abril deste ano, o Gefron apreendeu 1,816 toneladas de drogas, registrou 108 ocorrências e cumpriu 22 mandados de prisão na região.

O grupamento ainda tirou de circulação 2.450 quilos de produtos contrabandeados e recuperou 76 veículos. Duas aeronaves usadas por criminosos para o tráfico de entorpecentes também fazem parte das apreensões, além de 21 armas, 305 munições de diversos calibres, US$ 3.395 e R$ 221.744 em espécie.
Gilberto Leite
Na fronteira
Tenente-coronel PM José Nildo, comandante do Gefron, dá explicações sobre as operações feitas na rotina pelo grupamento na região de fronteira de MT
 
Os policiais fazem patrulhamentos pelas rodovias, estradas vicinais, operações, barreiras fixas e volantes. São três postos de fiscalização: Matão (Pontes e Lacerda), Vila Cardoso (Porto Esperidião) e Avião Caído (Cáceres), além da base do grupamento em Porto Esperidião. O  viajou em companhia do comandante do Gefron, tenente-coronel PM José Nildo, e o Sargento Vitor, que apresentou alguns postos do grupamento e o intenso trabalho que fazem.

Para o comandante José Nildo, as apreensões são resultado de ações integradas entre a Polícia Federal e Polícia Civil através da Delegacia de Fronteia (Defron). “Essa parceria das demais forças de segurança com o núcleo de inteligência do Gefron somado ao patrulhamento diário da unidade tem resultado nesses grandes índices”, comemora.
Gilberto Leite
Na fronteira
 Cães dão suporte a diversos trabalhos 
 
O tenete-coronel destacou o empenho da tropa nos trabalhos de segurança em 980 km de fronteira com a Bolívia. Além do compromisso, destaca a honestidade dos policiais, que zelam pelo nome da instituição.

Mas quem pensa que o Gefron é apenas masculino está enganado. Conta com três mulheres que atuam tão ativamente quanto homens. Um exemplo disso é a tenente Ladislaine, de 25 anos, que está no grupo há sete anos. No momento em que a reportagem estava no posto em Porto Esperidião, a oficial retornava de uma ocorrência em que recuperaram um carro oficial da prefeitura de Cáceres.

“Passamos sete dias, rodamos em operação e rondas. O trabalho é difícil, mas gratificante, a cada vez que recuperamos um carro roubado, antes mesmo de chegar à Bolívia ou realizamos uma apreensão de entorpecentes fazemos uma festa”, aponta.

Além dos 150 oficiais que compõem o grupamento, o Gefron ainda conta com 11 cães que auxiliam na apreensão, busca e resgate. O grupo tem o maior e melhor canil de Mato Grosso. Ente os animais, está o Bart, pastor alemão de um ano e meio, e dois labradores, a Darinha e a Pink, especialistas em explosivos e mata fechada. O Fênix é um pastor belga, responsável por captura e busca em mata fechada.

O canil fica no posto do Gefron em Cáceres. Os animais são submetidos a treinamentos diários dados por policiais civis, militares e bombeiros.

Segundo o soldado Thalisson, "o cão é uma arma poderosa na localização de entorpecentes e pessoas desaparecidas”. 

Abaixo fotos inéditas de Gilberto Leite

http://www.rdnews.com.br/policia/ruinas-de-aviao-posto-fiscal-moradores-gefron-e-trilhas-clandestinas-veja-fotos/99593

Comentários

inserir comentário
2 comentários

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Jornal Oeste. É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site Jornal Oeste poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

  • por elizabethAparecida, em 12.05.2018 às 10:19

    parabens a esses nossos herois que buscam defender nossas fronteiras reportagem muito gratificante pois relata o que significa o GEFRON para nos cidadaos .

  • por Willyam Becker Demartini, em 12.05.2018 às 08:28

    Parabéns pela reportagem, grande trabalho do GEFRON muito bem demonstrado pela equipe, deste jornalismo e instituições temos orgulho! SHOW

 
Sitevip Internet