Notícias / Polícia

29/10/2009 - 00:00

Policia Federal caça empresário de Cáceres envolvido com narcotráfico

Por Jornal Oeste

KEITY ROMA Da Reportagem Cinco integrantes de uma quadrilha de tráfico internacional de drogas, que abastecia narcotraficantes do país, foram presos em Tangará da Serra (a 242 quilômetros da Capital), durante a Operação Triângulo, que levou ontem 38 pessoas à prisão em cinco estados. O grupo também é acusado de promover lavagem de dinheiro. Outros dois homens procurados em Cáceres, sendo um deles empresário do setor de Transportes, eram considerados foragidos pela Polícia Federal até o início da noite de ontem. Um homem que já estava preso em Cuiabá também foi alvo de um novo mandado de prisão, contabilizando ao menos oito moradores no Estado de envolvidos com o bando, cuja base é em Minas Gerais. Um dos líderes da quadrilha que distribuía no Brasil a droga adquirida no exterior morava em Tangará da Serra há dois anos para viabilizar a aquisição e comercialização dos entorpecentes, mas era natural de Minas Gerais e foi preso em Salvador (BA). O nome do acusado de tráfico não foi informado pela PF. Pela atuação conjunta, um dos presos em Tangará da Serra foi o cabeleireiro Paulo Pinho, que emprestava sua conta bancária para a organização criminosa receber o dinheiro do comércio de drogas e para efetuar pagamentos pelas aquisições a traficantes da Bolívia. Após as detenções no Estado, os presos foram trazidos para Cuiabá e seriam levados para a Penitenciária Central, antigo Pascoal Ramos. O bando estava sendo investigado desde dezembro do ano passado, quando a polícia apreendeu 20 quilos de maconha e 89 quilos de cocaína em Uberlândia (MG). Os supostos traficantes articulavam a compra de cocaína na Bolívia, no Paraguai e na Colômbia. Os entorpecentes entravam por rotas em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, com o transporte terrestre feito por “mulas”- pessoas que recebem exclusivamente para cruzar a fronteira com a droga. O entorpecente que entrava por território mato-grossense, em Cáceres, era armazenado em Tangará da Serra e parte do produto que não ficava no Estado era revendida a traficantes de Minas Gerais, do Mato Grosso do Sul, da Bahia e de Goiás. A rota do entorpecente seguia por Anápolis e Caldas Novas, ambas em Goiías. Nos cinco estados foram cumpridos 40 mandados de busca e apreensão expedidos pela juíza Lana Galati, da 3ª Vara da Justiça Federal em Uberlândia (MG). As equipes policiais apreenderam R$ 100 mil em dinheiro, R$ 500 mil em cheques e 10 carros de luxo durante a operação. Em Mato Grosso, não houve grandes apreensões. Na operação foram emitidos 44 mandados de prisão, dos quais seis não teriam sido cumpridos. A organização criminosa desarticulada pela ação federal atuava diretamente nas cidades de Uberlândia, Ituiutaba, Araguari, Belo Horizonte, Montes Claros, Vazante e Unaí, em Minas Gerais; Goiânia, Caldas Novas e Anápolis, em Goiás. Em Mato Grosso, o grupo ficava em locais considerados pontos estratégicos: Tangará da Serra e Cáceres. Campo Grande e Ponta Porã também sediavam os traficantes, no Mato Grosso do Sul, além de Salvador (BA).
 
Sitevip Internet