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20/04/2018 - 12:26 | Atualizado em 20/04/2018 - 12:31

Temporada de gripe chega à Cáceres. Clínica Rodrigo Perez tem vacinas

Por Jornal Oeste

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 (Crédito: Divulgação)
O fim do periodo das chuvas em abril que prenuncia a chegada do inverno seco e frio à Mato Grosso, traz também uma doença inconveniente e que não escolhe idade e sexo. A gripe.
 
A partir da próxima semana, a rede publicai vai oferecer a vacina para crianças, gestantes, profissionais de saúde, detentos e idosos, pórem a maioria da população ficará desguarnecida.
 
Para amanizar a situação, a clinica Rodrigo Perez, em Cáceres, está disponibilizando vacinas para combater os virus H1N1 e H3N2 e Influenza tipo B.
 
Elas custam de R$ 100 a R$ 135 e podem ser pagas com cartões de crédito e débito.
 
Há preços diferenciados para profissionais de saúde e grupos com mais de dez pessoas.
 
A Clinica está instalada na Rua 13 de Junho, dentro do Hospital São Luiz.
 
Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (65) 3221.1000/3223.3627.

POR QUE SE VACINAR TODOS OS ANOS 

Quem define a composição da vacina no mundo todo é a OMS. Em comunicado anual, a entidade informa os vírus com maior chance de circular no Hemisfério Sul e no Norte após analisar amostras enviadas por centros espalhados em 114 países. A diretriz é, então, seguida por laboratórios para nortear a produção de vacinas. As doses são usadas para combater um cenário cruel: todo ano, diz a entidade, a gripe mata entre 290 mil e 650 mil pessoas no mundo. 

A "receita" da vacina chega aos laboratórios cerca de nove meses antes da época em que a gripe prevalece - um intervalo de tempo grande, mas necessário para a produção. A fabricação é complicada, são meses para chegar aos pedacinhos de vírus morto que se tornarão a dose a circular na corrente sanguínea das pessoas. No Hemisfério Sul, por exemplo, a composição é definida pela OMS em setembro para que as doses fiquem prontas até o início de abril. 

“A vacina ensina o corpo a se proteger, como se o sistema imunológico escrevesse um livro sobre o vírus e o deixasse na biblioteca. Quando o influenza realmente entra no organismo, o sistema imunológico vai à biblioteca, pega o livro e produz o anticorpo com a receita que aprendeu”, explica o infectologista Paulo Ernest Gewehr Filho. 

Infelizmente, não existe uma vacina universal, como a da febre amarela, tomada apenas uma vez na vida. No caso da gripe, há dois problemas: a imunização dura de seis a 12 meses, e o vírus, em especial o influenza A, sofre mutações genéticas em questão de meses. Ele pega um pouco do material genético de seu hospedeiro (porco, ave ou humano) e o mistura ao material genético do ser vivo que o recebe logo depois. Na prática, o vírus muda enquanto pula de galho em galho, o que exige a atualização da vacina. 

“O vírus influenza A é muito instável. Por isso, se recomenda que as pessoas se vacinem. A efetividade pode variar, mas é melhor do que não se vacinar”, diz o epidemiologista José Cássio de Moraes, doutor em saúde pública pela Universidade de São Paulo (USP). 

Pandemias caóticas só ocorrem se o vírus muda muito e de forma rápida. Aí, nem os anticorpos naturais nem a imunização surtem efeito. Mas isso é uma exceção, vale lembrar. A vacina é um dos grandes marcos da medicina moderna. Surgiu no início do século 18, quando o médico britânico Edward Jenner observou que mulheres que ordenhavam vacas com um tipo de varíola eram imunes à variação da doença que atingia humanos. A invenção erradicou a varíola, assim como a poliomielite. 

“A vacina não protege contra todos os vírus da gripe, mas protege contra as formas mais graves da doença”, destaca o infectologista Eduardo Sprinz. 

A proteção surge entre 10 e 30 dias após a aplicação. É por isso que a campanha nacional de vacinação ocorre em abril, mês que antecede o inverno. Neste ano, a mobilização foi postergada devido a um atraso na chegada das doses e ocorrerá entre 23 de abril e 1º de junho. Quem está de fora dos grupos prioritários pode recorrer a clínicas particulares e desembolsar, em Porto Alegre, de R$ 80 a R$ 135 a dose. 

Ainda sobre a vacina, nos últimos dias houve relatos de pais que não puderam imunizar crianças entre seis meses e três anos em clínicas particulares. O motivo é que, nas bulas de vacinas produzidas por um laboratório, a indicação era de vacinas para crianças a partir de três anos. Só que, segundo a Secretarial Estadual da Saúde, o próprio fabricante conduziu novos estudos e seguiu a recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de liberar a dose para quem tem mais de seis meses. Só a embalagem que está desatualizada. 

“A bula que vale é a do site da Anvisa. As crianças entre seis meses e três anos podem se vacinar - diz Isabella Ballalai, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)”. 

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