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01/04/2018 - 07:27

Curso da Unemat trata impeachment de Dilma como golpe

Por Mídia News

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 (Crédito: Mídia News)
A Unemat (Universidade do Estado de Mato Grosso) vai oferecer o curso de extensão “O Golpe de 2016 e o Futuro da Democracia no Brasil”,  sobre o impeachment da ex-presidente Dilma Rouseff, em 2016. A disciplina será ministrada no campus Jane Vanini, em Cáceres.
 
As aulas começam no dia 5 de abril, com a projeção do documentário francês “Brasil – o Grande Passo para Trás”, dos jornalistas Frédérique Zingaro e Mathilde Bonnassieux. Por ser de extensão, o curso não faz parte da grade curricular obrigatória e está aberto para quem não é estudante da instituição. 
 
Com a implantação, a Unemat se junta a outras universidades, que também propuseram conteúdos semelhantes, começando pela Universidade de Brasília. Até o início de março ao menos 15 instituições de ensino do País já haviam aprovado o curso.
 
Entre os temas abordados na Unemat, estão palestras sobre o “discurso da mídia sobre o golpe” e as “rupturas institucionais”, que serão ministradas pelos professores Silvia Regina Nunes e Paulo Alberto dos Santos Vieira, respectivamente.
 
Também haverá espaço para a discussão do projeto que cria a escola sem partido, uma proposta defendida por conservadores e liberais. A professora Heloisa Salles Gentil falará sobre o tema pelo aspecto do “golpe e da despoltização da educação”.
 
A polêmica sobre o “Golpe 2016” começou em fevereiro na UnB, quando o professor Luis Felipe Miguel anunciou a criação do curso. Na época, o ministro da Educação, Mendonça Filho, chegou a acionar o Ministério Público.
 
 
A iniciativa da Unemat foi recebida com indignação por pessoas contrárias à tese do golpe. 
 
“Esse tipo de curso que tem se difundido pelas universidades públicas brasileiras como erva daninha é mais do mesmo: tentativa da esquerda de dominar a narrativa dos fatos, reescrever a História conforme seus objetivos e moldar o ideário popular de acordo com o que lhes é conveniente do ponto de vista político e ideológico. Ocorre que, graças à facilidade de acesso à informação por toda a população, fica visivelmente risível uma tentativa destas”, afirmou o advogado Fernando Henrique Leitão, do Instituto Caminhos da Liberdade, que atua em Mato Grosso.
 
Segundo Leitão, a tática é conhecida e usada por governos totalitários de esquerda, “da União Soviética à Venezuela de Maduro, passando pela ilha-prisão dos irmãos castro, Cuba, e também Coréia do Norte”.
 
“Chamar o processo de impeachment da ex-presidente Dilma de ‘golpe’ tem por escopo justamente  de negar os fatos, ignorar as leis e reescrever a História de forma a colocar a esquerda como eterna vítima e nunca algoz, e isso é o que mais vemos nas universidades públicas que se encontram sob o jugo de alguns militantes de esquerda fazendo às vezes de professores”, disse. 
 
Ainda conforme o advogado “é preciso repensar esse aparelhamento ideológico educacional como vem sendo proposto, por exemplo, pelo Projeto Escola Sem Partido, para evitar esse tipo de excrescência nas academias sustentadas com dinheiro dos pagadores de impostos”.
 
A reportagem procurou a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, à qual a Unemat é vinculada. A assessoria de imprensa informou que, por causa da autonomia da universidade, não iria se posicionar sobre o curso.
 
A Unemat se posicionou por meio de nota. Segundo a assessoria, o ensino de graduação é de competência da Pró-Reitoria de Ensino e Graduação e sua oferta “passa necessariamente pela aprovação do Conselho de Ensino e Pesquisa e Extensão (Conepe).
 
“Já as atividades de extensão, que incluem cursos, eventos, projetos e programas passam por institucionalização junto à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura, e podem ser coordenados por docentes e profissionais técnicos da Universidade, que têm autonomia para propor conteúdos”, diz a nota.
 
“O evento de extensão ‘O Golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil1 encontra-se institucionalizado na PROEC, conforme parecer nº 080/2018, sob coordenação da Assessoria de Gestão de Eventos, Cultura e Comunicação, da Diretoria de Unidade Regionalizada do Câmpus Jane Vanini, em Cáceres, com carga horária de 30 horas/aula. Destacamos, no entanto, que o evento é facultativo, de livre participação e não integra a grade obrigatória de nenhum curso e/ou disciplina”, diz a nota.

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24 comentários

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  • por Leo, em 03.04.2018 às 15:55

    Vdd, cadê o ministério público ?

  • por Jessé B. Luz, em 03.04.2018 às 12:52

    Pois então VANESSA FARIA. já que você esta defendendo este tipo de curso, Faz em sua casa e não nas repartições da UNEMAT. primeiro precisa saber se o povo aceita este curso, Volto a dizer a UNEMAT não é propriedade desse ou daquele partido politico e sim do povo. pergunta se o povo aceita este tipo de coisa tem sim que criarem cursos em prol da população carente! isto não fazem!.

  • por Rodrigo, em 02.04.2018 às 12:21

    Parabens unemat. Universidades Brasil a fora investindo em ciência e tecnologia e a unemat investindo nesses cursos sem futuro. PARABÉNS CÁCERES SÓ TEM A AGRADECER

  • por Pedro Francisco, em 02.04.2018 às 11:01

    Quer chamar de "golpe", tudo bem. Graças a Deus que aconteceu, senão estariámos todos em sérias dificuldades. Inclusive estes professores esquerdistas. O País estaria mais quebrado ainda, caminhando para ser apróxima venezuela.

  • por claudomiro, em 02.04.2018 às 09:04

    A nação brasileira passou por dois golpes recentes, o primeiro foi o afastamento da Dilma, pelos algoz que estão no poder, e o segundo foi a permanência de Temer mediante a liberação de emendas aos mesmos algoz deputados.

  • por Paulo Renato, em 02.04.2018 às 08:28

    Sinceramente, é natural que esquerdista viva o tempo todo de ladainha ideológica e da socialização da miséria. Mas tentar passar uma imagem de inocente na corrupção petralha ai já é chamar todo mundo de ignóbil. Sabe o que esses valentes querem é que apareçam umas trouxas para protestar contra essas vigarices e pronto. Esta feito o palco para posselismo políticos das esquerdas caviar tipos: Estão cassando nosso direito entre outros blá,blá de sempre.Deixo esses povo falar o que der na telha ,afinal a maioria dessa aulas tem como objetivo agradar tolos e dar sono em quem quer aprender algo que é útil e não tem a intenção de ficarem gritando é golpe e fora temer...Prá mim tanto faz ...

  • por Jessé Bento Da Luz, em 02.04.2018 às 08:02

    Penso que usar a UNEMAT, para realizar este tipo de curso teria de primeiro fazer uma consulta publica para saber se sera aceito pela população, isto é uma pouca vergonha, esta entidade não é da direita e muito menos da esquerda, professores que são remunerado com o dinheiro publico trabalhando para um partido politico, pouca vergonha mesmo! acho que deveriam sim apresentar cursos que atinge os interesses de todos como por exemplo. como fazer o nosso voto valer para alem de colocar tirar corruptos do poder sem defender este ou aquele. as repartições da UMEMAT deve ser usada para o interesse de todos, se tem alguém que queira expor este tipo de assunto que faça em sua casa e não usar as repartições da entidade!. O professor que vai ministrar este curso é pago com o dinheiro publico a energia que sera usada nesta sala de aula sera paga pela população o ar condicionado que vai ser usado também. e ai como fica? Ministério publico, cade vocês?.

  • por cacerense, em 02.04.2018 às 07:30

    Junior falou tudo.

  • por Perkao, em 01.04.2018 às 21:18

    Como sempre professores petistas baderneiros e que so gostam de greve querendo se aparecer ao.inves de estarem preocupados em formarem homens dignos e que lutem pelo povo não pelos princípios do PT

  • por Joed Luiz, em 01.04.2018 às 20:58

    KKKKKK. O pt não ROUBA, NÃO DEIXA ROUBAR combate a corrupção e melhora a vida do povo.

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