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27/10/2009 - 00:00

Portadores de hepatite B crônica terão novas opções de tratamento no SUS

Por Jornal Oeste

Do UOL Ciência e Saúde Em São Paulo Os portadores da hepatite B contarão com novas opções para tratamento – três medicamentos antivirais, que, associados a outros dois já adotados no Sistema Único de Saúde, ampliam as alternativas de tratamento para o controle da ação do VHB (o vírus causador da doença) no organismo (veja quadro). As drogas fazem parte do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Hepatite Viral Crônica B e Coinfecções, lançado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (27). Os medicamentos devem estar disponíveis nas unidades de saúde até o fim do primeiro trimestre de 2010. Os medicamentos incorporados são os antivirais tenofovir, entecavir e adefovir. A lamivudina e o interferon convencional já fazem parte do protocolo anterior. A vacina contra hepatite B oferecida na rede pública para pessoas até 19 anos desde 1998. O restante da população tem de pagar para ser imunizado LEIA MAIS SOBRE HEPATITE CAFÉ PODE PROTEGER FÍGADO DOS DANOS DA HEPATITE, DIZ ESTUDO De acordo com dados do Estudo de Prevalência de Base Populacional das Infecções pelos Vírus das Hepatites A, B e C nas capitais do Brasil, 7,44% da população entre 10 a 69 anos já tiveram contato com o VHB (vírus causador da doença). Desses, quase todos o eliminaram do organismo. Mas 0,37% da população pesquisada, em torno de 127 mil pessoas, continuavam com o vírus. Ou seja, estavam com a forma aguda da doença ou desenvolveram a forma crônica. A evolução para a forma crônica ocorre em aproximadamente 5% a 10% dos adultos expostos ao vírus. Associada ao consumo de álcool e fumo, à idade e ao histórico familiar, aumenta o risco de cirrose e câncer no fígado. É o tratamento que, ao reduzir a replicação da carga viral e o dano hepático, diminui as chances de evolução para essas doenças graves. Vacina A vacina contra hepatite B é uma das principais medidas de prevenção contra a doença. Após as três doses da vacina, mais de 90% dos adultos jovens e 95% das crianças e adolescentes ficam imunizados contra a doença. Ela é oferecida na rede pública a toda a população até 19 anos desde 1998. Também está indicada para grupos específicos, como profissionais de saúde, independentemente da faixa etária. A cobertura acumulada atual é cerca de 80% da população nessa faixa etária. Isso equivale a mais 50 milhões de pessoas que receberam as três doses da vacina. Já na faixa etária de 11 a 19, a cobertura cai para 63%. É uma das prioridades do Ministério a ampliação dessa cobertura para perto de 80%. Contágio A hepatite viral B é transmitida pelo sangue, esperma e secreção vaginal. Assim, a transmissão pode ocorrer pela relação sexual desprotegida, pelo compartilhamento de objetos contaminados como: lâminas de barbear e de depilar, escovas de dente, alicates de unha, materiais para colocação de piercing e para confecção de tatuagens e instrumentos para uso de drogas injetáveis. A transmissão via transfusão de sangue e hemoderivados é rara em face da triagem sorológica obrigatória nos bancos de sangue (desde 1978 para a hepatite B e 1993 para a hepatite C).
 
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