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18/02/2018 - 07:10 | Atualizado em 18/02/2018 - 07:15

Vice-prefeita admite caos e diz que não é 'mágica' para resolver a situação da Educação

Por Sinézio Alcântara

Ronivon Barros/Assessoria

 (Crédito: Ronivon Barros/Assessoria)
“Eu não tenho uma varinha mágica para resolver os problemas da Educação no município. Será preciso, além de muito trabalho, a união e esforços de todos para que possamos superar as dificuldades”. A afirmação foi pela vice-prefeita, Eliene Liberato Dias, durante solenidade de posse na Secretaria Municipal de Educação. E, o primeiro desafio não é dos menores. Ela terá menos de 10 dias para recuperar as 42 escolas da rede municipal que necessitam de reparos e até reformas para o início do ano letivo previsto para o dia 26.

A posse da vice-prefeita, na Educação, foi realizada na quarta-feira (14/2). Ela substitui a servidora de carreira Cristiane Aparecida Barbosa, que permaneceu, interinamente, no cargo, por mais de um ano. Eliene, a partir de agora, passa a acumular o cargo de vice-prefeita, com a de secretária.

A princípio, a nova secretária recorrerá a um Plano Emergencial, aprovado pelo prefeito, para resolver reparos em 10 escolas, onde a situação é precária. Serão recuperadas com recursos extras da administração, as escolas D. Máximo Biennés, Jardim Paraiso, Tancredo Neves, São Francisco, Escola União, Jardim Guanabara, Simão Alvarenga, Novo Oriente, Vitória Régia e Vila Real. Eliene corre contra o tempo para recuperar essas escolas e evitar que atrase o inicio do ano letivo para centenas de alunos.

Ainda na semana passada, um dia após a posse, a nova secretária, em companhia do secretário de Obras, Valdeci Rodrigues da Costa, reuniu-se com o juiz diretor do Fórum da Comarca José Eduardo Mariano, articulando a execução de parcerias, entre a Secretaria de Educação e o Poder Judiciário – entre elas, a possibilidade de transferências de recursos de ações penas, para ajuda na recuperação das escolas e ainda a liberação de reeducandos, da cadeia pública, para auxilio no trabalho nas reformas.

Em relação a liberação de reeducandos, o juiz de acordo com a secretária, se mostrou solícito. Quanto a proposta da possível transferência de recursos de ações penais, para a secretaria executar outros trabalhos, o diretor do fórum solicitou a apresentação de um projeto para avaliação.

Outras frentes de trabalho, de acordo com Eliene, serão executadas pela administração, envolvendo várias secretarias, principalmente, a de Obras. E, assim como com o Poder Judiciário, durante a semana, a secretária manteve contatos com vários empresários, na busca de parcerias. “Estou muito satisfeita. Já temos a garantia de vários empresários que estão dispostos a ajudar a tirar a Secretaria de Educação desse momento difícil”.

A “correria” da secretária, em busca de parceria com o Judiciário e a iniciativa privada se justifica. Durante a posse, o prefeito Francis Maris Cruz, informou que os recursos do Fundo Nacional de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que antes era suficiente para manter e investir na Secretaria de Educação, hoje diminuiu obrigando a prefeitura a investir com recursos próprios.

“Cerca de 80% dos recursos do Fundo Nacional de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), a que tem direito o município, estão sendo destinados a pagamento dos salários dos professores. O que nos resta é 20% para aquisição de uniforme, merenda escolar entre outros gastos. Por isso, a situação difícil das escolas. Mesmo assim, a prefeitura, investiu no ano passado 36% do orçamento na secretaria” explicou. Existem matriculados nas escolas do município 9 mil alunos. O quadro é de 860 servidores.

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  • por Graziane Silva, em 19.02.2018 às 08:22

    Então Secretária, quando há cinco anos atrás procuramos o Administrador Municipal, que foi representado você, como sempre, expomos as situações das escolas com relatórios, fotografias e cópias. Durante esses 5 anos, nós profissionais tivemos que "usar varinha mágica" para desenvolver nosso trabalho com responsabilidade, porque nossos alunos não podem ser penalizados pela falta de planejamento da mantenedora. E mesmo nas condições mínimas de trabalho, mantivemos a qualidade do pedagógico na melhor possível. Mas agora chegamos ao caos e vejam o quanto podiam fazer: por que não aconteceu toda essa mobilização antes? Precisou os profissionais, mais uma vez, se reunir para serem ouvidos. Deus queira que consigam, pois é o que queremos, dar o melhor aos nossos alunos, ser respeitada cada comunidade e ter nossos direitos garantidos em leis, também respeitados. Não pedimos nada além do cumprimento da legislação.

 
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