Jornal Oeste

Quando o prefeito de Cáceres, Francis Maris (PSDB) me contou que iria reativar a Secretaria de Esporte, eu disse a ele que nada adiantava senão colocasse na pasta uma pessoa ativa, que tivesse a capacidade de fazê-la funcionar sem recursos. Não é uma crítica velada ao secretário Marco Antônio do Nascimento (Marcão) que é um cara gente boa, mas ele pouco fez pelo período que está no cargo. Tive um exemplo da sua fraca atuação recentemente quando tive o dissabor de ouvir de uma autoridade religiosa uma queixa que ouço desde o início da atual administração. Os organizadores do gigantesco e importantíssimo Água Viva, tiveram que mais uma vez pedir aos fiéis, dinheiro para comprar portas, arrumar os banheiros e lâmpadas do Estádio Geraldo para realizar o evento. Isso sem falar que eles também tiveram que resolver junto ao Bombeiro a liberação do local. Fiquei envergonhado, pois há 26 anos a igreja católica e seus fiéis bancam, como estão bancando este ano cerca de R$ 70 mil, para evangelizar, preservar famílias e livrar mais de 20 mil pessoas dos riscos dos festejos de Carnaval. Fico revoltado em ver que a maioria da classe política atual, em uma hipocrisia sem tamanho, sim porque vão a missa e sentam na primeira fila como o prefeito, e não tem coragem de enxergar a importância do evento e estender a mão. A hipocrisia beira ao nojo quando vejo políticos medíocres irem ao estádio lotado nos três dias do Água Viva para se exibirem aos eleitores. Coitados, não conhecem o peso da mão do criador.
 
Paixão em Administrar
 
Por falar na atual administração de Cáceres, o romance entre o milionário prefeito com a maioria da população acabou. Depois de cinco anos, descobriram que a tal Paixão em Administrar não passa de marketing.  Os motivos do fim do relacionamento estão nas redes sociais, especialmente no Facebook. A desorganização na Educação, o péssimo atendimento na Saúde, e a má qualidade da coleta de lixo, estão estampados todos os dias, com milhares de críticas e fotos.
 
Câmara
 
Em uma das piores composições da história, na Câmara de Vereadores de Cáceres, ao menos três vereadores vem se destacando entre os 15 mantidos confortavelmente com o nosso imposto. Valter Zacarkim (PTB), Elza Bastos (PSD) e meu deputado federal Cézare Pastorello (PSDB). Zacarkim e Pastorello, além trabalharem fora do gabinete em várias frentes, nem têm medo de encarar os críticos nas redes sociais.
 
Lula
 
Vivemos em uma democracia por isso respeito a opinião contrária. Digo isso porque antecipo que se o Lula (PT) conseguir ser candidato a presidente e seu maior adversário for o Bolsonaro (PSC), vou pela primeira vez na minha vida de casa em casa, pedir votos para o Lula. E não irei sozinho. Boa parte das pessoas esclarecidas politicamente em Cáceres, farão a mesma coisa, entre elas, o ex-prefeito Túlio Fontes (PSB). Uma pessoa com um mínimo de discernimento jamais atuaria para colocar no poder um lunático preconceituoso que prega a violência e a desordem. Não gostam do Lula e acham que o ‘boi de piranha’ é o maior corrupto do País, é um direito, mas por favor, escolha alguém cujas as propostas sejam factíveis e respeite o seu próximo.
 
Pré-campanha
 
Por falar em Túlio Fontes (PSB), recentemente o deputado estadual Adriano Silva (PSB) me confidenciou e não pediu sigilo, que já estuda a possibilidade de concorrer a deputado federal para ajudar a eleger o ex-prefeito e colega de partido, nome mais comentado nos quatro cantos de Cáceres para deputado estadual na eleição deste ano. Para mim não é surpresa. Também já tinha percebido está maturidade política junto as lideranças dos partidos que compõem a Frente Popular (PT, PC do B, Solidariedade e PV). A trairagem do grupo do deputado Leonardo (PSD), somada a ditadura política da administração Francis Maris (PSDB), acabou produzindo um bloco político sólido que tem tudo para chegar a prefeitura em 2020.
 
Bobo
 
Quando eu dizia aqui que o prefeito de Cáceres, Francis Maris (PSDB) seria um ótimo nome para o senado, mas para isso se tornar realidade ele deveria se articular com os grandes na Capital, eu estava chamando a atenção justamente para ele não fazer o papel de trouxa como fez recentemente quando o inexpressivo deputado federal Nilson Leitão (PSDB), esteve em Cáceres e disse que não teria problema em apoiar o prefeito para senador. Eu vejo um lado bom nisso. Estar junto com Pedro Taques (PSDB), Leitão e companhia na eleição deste ano é suicídio político. Sei que Francis vai pular dessa canoa furada no final do mandato do Caloteiro, mas sugiro que vá se afastando desses malas, entre eles, o Coxa de Grilo. Hoje é constrangedor ficar perto e tirar foto com o deputado federal Ezequiel Fonseca (PP). 
 
Agora é tarde
 
No primeiro governo do prefeito Francis Maris (PSDB), tentando ajudar a vice-prefeita Eliene Liberato Dias (PSDB), a construir seu nome para suceder o prefeito, sugeri a ela que assumisse a Secretaria de Ação Social ou de Educação para ‘fazer política’. Ela ignorou e ainda me disse que os donos do PSDB, Rogério Sales e Thelma de Oliveira, a orientaram para ficar no gabinete e ser vice-prefeita.  Passados pouco mais de cinco anos, ainda com o desejo de ser prefeita, vai finalmente assumir a Educação que está um caos. Agora é tarde, não dá mais tempo. A eleição deste ano vai apontar quem será o próximo prefeito de Cáceres.
 
Herança
 
Por falar em mudança na Educação, quero fazer justiça. O caos que se instalou na pasta não foi criado pela secretária Cristiane Barbosa. A desorganização é fruto da gestão da ex-secretária Nelci Longhi. Neste aspecto preciso reconhecer que a situação já vinha sendo prevista há tempos pelos professores da Câmara Técnica do Sindicato dos Servidores (SSPM), Elina Monteiro e Laécio Cardoso.