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06/02/2018 - 09:22

Em Cáceres, falta de médicos causa demora em necrópsias no IML

Por Sinézio Alcântara

Ilustração

 (Crédito: Ilustração)
De 10 a 12 horas. Esse é o tempo em que um corpo, atualmente, permanece na câmara fria do Instituto Médico Legal (IML), em Cáceres, para a realização de necropsia. Antes esse mesmo procedimento era feito na média de duas horas. A demora excessiva decorre por falta de médicos legistas. Dos 7 profissionais, que até o ano de 2015, realizam o trabalho, restam apenas três. Três aposentaram e uma se desligou do serviço. Mesmo assim, dois três que ainda permanecem, apenas um está trabalhando, porque um entrou de férias e outro está de licença médica.

“Infelizmente é essa a realidade. O número de médicos para realização do trabalho está muito reduzido. Dos 7 legistas que haviam há pouco mais de dois anos, restam apenas três. Mesmo, assim um está de férias e outra de licença médica” explica o diretor do IML Cássio Ribeiro Brandelize, lembrando que há informações de que a diretoria do IML em Cuiabá, estaria viabilizando a contratação de novos médicos para o instituto de Cáceres, até que seja realizado um concurso público, mas até agora não chegaram.

A situação se complica ainda mais porque, o Instituto Médico Legal de Cáceres, atende 19 municípios da região. E, além de necropsias, realiza outros tipos de serviços médicos, principalmente exames de corpo de delito, em pessoas presas antes de serem encaminhadas para a cadeia; vítimas de acidentes; da lei Maria da Penha; vítimas de violências sexuais e até acidentados para requisição de benefícios de DPVAT.

“Atendemos 19 municípios da região. Várias cidades contam com médicos legislas, mas a maioria das necropsias, principalmente, são realizadas no IML de Cáceres, por dispor de melhor estrutura” afirma o diretor acrescentando que, em determinadas épocas, a demora para a liberação dos corpos é maior, devido ao acúmulo de trabalho. Cássio Brandelize diz que, em média são realizados, 300 exames, entre vivos – de corpo de delitos – e necropsias por mês. Cerca de 10 por dia. Contudo, segundo ele, em determinados dias, são até 15 exames.
O número de necropsias, avalia o diretor, é de cerca de 10 por mês. Ressalta que, em finais de ano e período de carnaval, o trabalho praticamente dobra. E, isso, aliado a falta de médicos legistas, resulta na demora dos trabalhos. No entendimento do diretor, seria necessária a contratação de, pelo menos, mais quatro profissionais, para desafogar o acúmulo e prestar um serviço de qualidade a população.

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