Jornal Oeste

Nadja Vasques Da Redação Desvio de uma grande quantidade de droga, cerca de 100 kg de cocaína, teria sido o motivo do assassinato de 7 ou mais brasileiros na fronteira entre o Brasil e a Bolívia. O crime teria sido encomendado por uma autoridade daquele país. Hoje pela manhã, a Polícia Federal intensifica as escavações, com a utilização de mais máquinas, para tentar encontrar os corpos. A informação de que havia brasileiros mortos no país vizinho partiu de um homem que trabalhava para o tráfico e conseguiu fugir da Bolívia. Há cerca de 15 dias, essa pessoa, que segue no anonimato, ao encontrar um posto policial na fronteira com o município de Cáceres (225 km a Oeste de Cuiabá), contou sobre as mortes. Ele disse que podem haver mais corpos, entre 9 e 11, mas não comprovou a informação. Esse homem estaria sob custódia da Polícia Federal de Cáceres, ajudando a esclarecer o crime. Ele mesmo admitiu que chegou a descarregar 500 kg de cocaína para essa autoridade boliviana. Segundo ele, todos os mortos teriam envolvimento com o narcotráfico. Pelo menos 7 corpos estariam enterrados em uma fazenda na região de fronteira. O denunciante diz que o dono da propriedade tem conhecimento de que os corpos estão enterrados no local. Até ontem, cerca de 6 agentes da PF de Cáceres continuavam na Bolívia, atuando junto com os policiais locais. Caso sejam encontrados, além da dificuldade de identificar os corpos em decorrência do estado de decomposição, a polícia também acredita que esses homens devem estar usando documentos falsos. Há suspeita de que entre os mortos existam também mulheres. Pela dificuldade de comunicação na região, não foi possível entrar em contato com os agentes que estão atuando na Bolívia. Na Delegacia da PF de Cáceres, a única informação era de que no horário em que os trabalhos foram encerrados ontem, não foi encontrado nenhum corpo. Mas com a chegada de máquinas mais potentes, o trabalho de escavação seria retomado na manhã de hoje e a expectativa era tentar confirmar a denúncia. Sem a localização dos corpos, a PF não confirma o assassinato em massa ocorrido no país vizinho.