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24/10/2017 - 09:47

Governo volta a falar em atrasar salário do Estado

Por 14 de Maio FM

14 de maio FM

 (Crédito: 14 de maio FM)
A crise econômica foi tema de reunião entre os membros do primeiro escalão estadual na manhã de ontem. A principal preocupação do Governo do Estado atualmente diz respeito ao pagamento da folha salarial do próximo mês. O secretário-chefe da Casa Civil, deputado estadual Max Russi (PSB), não descarta a possibilidade de atraso. 

De acordo com ele, há grandes chances de isso ocorrer se não houver entrada de novas receitas até o dia 10 de novembro. Dentre as expectativas está o recurso oriundo do Auxílio Financeiro para Fomento às Exportações (FEX). 

“Nós estamos dependendo de algumas receitas importantes, como por exemplo, a do FEX, que tem aproximadamente R$ 350 milhões para entrar. A nossa expectativa é que este dinheiro entre, pois Brasília nos garantiu que será repassado até o dia 10. Entrando, 100% do salário será pago. Temos também o dinheiro da Conab, temos mais de R$ 100 milhões. Esse dinheiro entrando, liquida também o salário. Tem ainda algumas ações do Cira, que prevêem o recebimento de cerca de R$ 100 milhões. São alguns incrementos que precisamos ter até o dia 10. Não tendo, nós teremos sim dificuldades de honrar com os salários”, pontuou o socialista. 

Neste mês, o funcionalismo público já se assustou com um pequeno atraso por parte do Executivo Estadual. O pagamento do salário foi feito de forma escalonada. Diante disso, apenas 78% dos servidores receberam no dia 10. Os outros 22% tiveram a remuneração creditada em suas contas somente na tarde do dia 11. 

Desta forma, além de buscar recursos novos para aliviara crise, o secretário ainda revelou que o Executivo Estadual irá adotar novas medidas visando o corte de despesas. Segundo ele, ainda este mês o governador irá determinar, por meio de um decreto, novas medidas a serem adotadas pelas Secretarias para a diminuição do custeio da máquina. 

“Tudo aquilo que é possível diminuir de custeio será feito. Os secretários têm um compromisso nesses próximos dois meses para que a gente possa encerrar o ano no azul. Estamos discutindo com o governador este decreto que deve envolver tudo aquilo que se pode fazer para economia de recursos e fechar as contas, e cumprir com o TJ, com todas as obrigações que o Estado tem”, esclareceu. 

DUODÉCIMO - Outro tema tratado na reunião diz respeito ao duodécimo dos Poderes. Na última semana, o Tribunal de Justiça do Estado notificou o governador Pedro Taques para que fosse realizado o repasse dos duodécimos atrasados dentro de um prazo de 48 horas. A dívida corresponde a R$ 28 milhões referente a parte do mês de agosto e dos meses de setembro e outubro integral. 

Na última sexta-feira (20) foi realizado o pagamento de parte dos duodécimos atrasados dos Poderes. Foram repassados R$ 14 milhões ao judiciário de Mato Grosso. 

“Pagamos na sexta-feira R$ 14 milhões, e queremos cumprir com o restante até esta terça. Vamos tratar de fazer uma reunião com os Poderes, para encaminhar as dificuldades financeiras do Governo”, disse o secretário Max Russi. 

Russi ressaltou que o governo do Estado não tem adotado medidas administrativas no sentido de cercear um direito líquido e certo do Legislativo e Judiciário que é o repasse do duodécimo mensal repassado aos Executivos. O secretário chefe da Casa Civil ressaltou que Mato Grosso enfrenta crise financeira motivada pela queda na arrecadação aliada à desproporcionalidade, nos últimos anos, do dinheiro arrecadado com as despesas de folha de pagamento. 

"O governador é o primeiro a se pautar por agir na legalidade. Não é novidade que Mato Grosso enfrenta dificuldades orçamentárias. Não é à toa que estamos discutindo a PEC do Teto dos Gastos Públicos para aprovação na Assembleia Legislativa", reforça. 

Nos últimos anos, a gestão estadual enfrenta dificuldades orçamentárias para repassar dinheiro mensal a título de duodécimo. 

Em 2016, o governo do Estado firmou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público Estadual (MPE) se comprometendo a quitar duodécimo atrasados com os poderes na ordem de R$ 278,550 milhões. Porém, em razão de insuficiência de dinheiro em caixa, o cronograma de pagamentos não foi devidamente honrado. 

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4 comentários

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  • por Humberto, em 24.10.2017 às 10:32

    O cronograma não foi devidamente honrado. Só o cronograma? O que tem de pessoas - em todos os segmentos - que não foram e continuam não sendo devidamente honradas nesse "governo" taques é uma tragédia. De 2003 a 2014 o Estado de Mato Grosso era um mal começou a "gestão" taques (com minúsculas, mesmo) transformou-se em outro? Crise ou incompetência? Gestão ou voracidade pelo poder? Como diz uma velha canção que pena... "prá subir, você desceu".

  • por Luiz cesar, em 24.10.2017 às 10:10

    É a população está alegre com ele por estar sendo enganada com obras que não conclui ainda atrasa salário. Parabéns governador, não trás nada para região ainda atrasa salários, incompetência vc tem nome, endereço, cep e ainda faz discurso político

  • por Helio, em 24.10.2017 às 10:08

    O governo tem que tomar vergonha ! Cadê as promessas que ele fez para cáceres e região ? Só sobraram placas para confirmarem as mentiras que ele veio despejar aqui. Cáceres entrou em um conjunto de político que da nojo, e eleições estão chegando, o que não vai faltar é boca cheio de halitose com palanque ou palco como queiram e seus puxa sacos lambe lambe, soltando promessas que nunca irão cumprir.

  • por Pedro Francisco, em 24.10.2017 às 10:05

    Ninguém pensa em acabar com os cabides de empregos.

 
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