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20/10/2017 - 08:28

Sema quer Exército combatendo desmatamento ilegal em MT

Por Assessoria

Fernando Rodrigues

 (Crédito: Fernando Rodrigues)
Com a finalidade de unir forças para zerar o desmatamento ilegal em Mato Grosso, o vice-governador e secretário de Meio Ambiente, Carlos Fávaro, e o secretário executivo da pasta, André Baby, se reuniram com o general da 13ª Brigada de Infantaria Motorizada, Fernando Dias Herzer, nesta quarta-feira (18.10), em Cuiabá.

Fávaro explicou que, em 2015, o governador Pedro Taques assumiu o compromisso de zerar o desmate ilegal no estado durante a Conferência do Clima de Paris (COP 21) e, que para isso, é necessária a realização de parcerias para atingir essa meta bastante ousada.

"Tivemos a iniciativa de buscar o apoio do Exército para propor um termo de cooperação técnica operacional, buscando toda a expertise e eficiência que possuem em segurança, logística e pessoal. Levando em consideração a oportunidade que teremos na COP 23, que ocorrerá na Alemanha, com a assinatura do termo de compromisso com o Banco Alemão KFW referente ao repasse de 17 milhões de euros. Parte desse recurso será destinado a ações de apoio e fortalecimento institucional, de comando e controle ao combate de desmatamento", destacou.

O vice-governador ressaltou, ainda, que é preciso que a sociedade e outros órgãos também participem desse enfrentamento. "Isso não se dará somente por força e vontade do governo do estado, é necessário que a sociedade esteja envolvida, além das organizações, inclusive, internacionais e com recursos, como a exemplo da KFW. E a Sema vislumbrou a importância de contar com o Exército brasileiro para somar nessa parceria".
O general Herzer se mostrou interessado no trabalho de cooperação e, após a oficialização do projeto pela Sema, fará os devidos encaminhamentos para o Comando Militar do Oeste e, posteriormente, ao Comando de Operações Terrestre (Coter), órgão hierarquicamente responsável.



17 milhões de euros

Esse recurso é oriundo da assinatura de uma 'ajuda memória' contendo o resultado das discussões sobre o estudo de viabilidade de implantação do Programa Global REDD EarlyMovers (REDD para Pioneiros – REM). A iniciativa é inédita e tem por objetivo promover o pagamento por resultados de 17 milhões de euros pelo bom desempenho do Estado na redução do desmatamento e da degradação ambiental pelo Banco de Desenvolvimento Alemão Kreditanstalt für Wiederaufbau (KfW).

A assinatura desse contrato está prevista para ocorrer durante a Conferência do Clima da ONU (COP23), que ocorrerá em novembro na Alemanha, na qual Fávaro e Baby devem participar junto com o governador do estado. "Esses recursos permitirão que possamos avançar com a nossa meta, porque para obtê-la temos que ir além das ferramentas de comando e controle, é necessário a realização de ações de desenvolvimento sustável e parcerias com as demais instituições e sociedade".

Queda no desmatamento

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) está atuando de forma intensiva para a redução do desmatamento ilegal. Prova disso são os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), nesta terça-feira (17), que mostra uma redução de 16% do desmatamento ilegal na Amazônia, entre agosto de 2016 e julho de 2017.

No ano passado, os dados consolidados da Sema também foram positivos e apresentaram uma diminuição de 16%, entre 2015 e 2016. Já nos últimos 10 anos, o estado conseguiu reduzir cerca de 80%. A média de desmatamento que era de 5.714 km², entre 2001 e 2010, caiu para 1.216,66 km² em 2016.
Desde 2006, a redução do desmatamento em Mato Grosso já evitou que mais de dois bilhões de toneladas de CO2 fossem lançados na atmosfera, volume maior que a redução de qualquer estado da Amazônia para o período, segundo o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e, inclusive, maior que a maioria dos países que compõem o Anexo I, do Protocolo de Kyoto (1997).

Comentários

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3 comentários

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  • por MARCELO MACHADO FERREIRA, em 23.10.2017 às 13:22

    Quem tem que cuidar das fornteiras é a POLICIA FEDERAL!! As Forças Armadas não se destinam a isso.

  • por Luizão, em 20.10.2017 às 18:23

    Enquanto isso a fronteira fica do jeito que esta. Cada coisa que se vê que não da pra acreditar

  • por cacerense querendo progresso, em 20.10.2017 às 08:48

    não concordo, as forças armadas tem que cuidar da fronteira, combatendo a entrada de armas e drogas e deixar a PM fazer o seu papel constitucional de segurança publica.

 
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