Jornal Oeste

Fabiana Reis Da Redação As vendas de material de construção cresceram 12,5% em Mato Grosso em setembro sobre o mês anterior. Na comparação do nono mês de 2009 com igual período de 2008, a alta é de 6%. O aquecimento na comercialização foi puxado por itens da cesta básica da construção, como cimento, tijolos, ferro e aço. E os principais motivos para a elevação nas vendas foram as facilidade de crédito e a estabilidade econômica, mesmo depois de uma crise econômica que abalou diversos setores. Os números são da Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção de Mato Grosso (Acomac-MT). A entidade ainda não tem balanço consolidado sobre a movimentação nos nove primeiros meses deste ano, mas o presidente da entidade, Wenceslau Souza Júnior, adianta que o índice ficou positivo. "O fato de Cuiabá ser uma das subsedes dos jogos da Copa do Mundo de 2014 fez com que o mercado de construção ficasse aquecido durante todo o ano", diz ao revelar que as construções, reformas e ampliações das residências também contribuíram para o número do mês passado. Os dados sobre as vendas nacionais também são positivos, mas inferiores aos do Estado. Segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), no mês passado as vendas foram 5,15% maiores sobre agosto, o que reforça a tendência de retomada do crescimento do setor após a crise. Nos últimos 12 meses porém, houve queda de 10,9%. Na comparação com setembro do ano passado, a redução é de 13,85%. E no acumulado de janeiro a setembro, a associação contabilizou diminuição de 15,26% em relação ao mesmo período de 2008. No país, a previsão de fechamento para o ano é de retração de 5% em relação ao desempenho de 2008. Já no Estado, a Acomac-MT prevê um incremento nas vendas de até 18%, acreditando no aquecimento mesmo durante o período chuvoso, a partir de outubro. "As empresas e as próprias pessoas que programam a obra planejam os trabalhos de acordo com a estação do ano. Geralmente, no período chuvoso a fase da construção é a do acabamento. Dessa forma, se chover ou não, as obras continuam e são concluídas". Na Moinho Material de Construção, o empresário Antônio Vicente Arruda, afirma que o crescimento nas vendas ficou um pouco abaixo do estadual, em 8%. Ele diz que esta é uma média mensal de elevação na comercialização este ano, percentual que deverá fechar 2009, sobre as vendas do ano anterior. Já para o mês de outubro, ele adianta que o movimento não está se repetindo. Porém não sabe precisar qual motivo está provocando a desaceleração nas vendas no estabelecimento. "Pode ser a chuva ou mesmo a venda direta pela indústria ao consumidor. Neste caso a compra é em grande volume e o pagamento tem de ser feito à vista".