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14/08/2017 - 10:37 | Atualizado em 14/08/2017 - 10:47

Cooperativas de Catadores querem dinheiro da prefeitura para recolher material reciclável em Cáceres

Por Sinézio Alcântara

whatsap

 (Crédito: whatsap)
Catadores de materiais recicláveis das cooperativas de Desenvolvimento de Cáceres e Cidade Limpa e da Associação de Catadores do Pantanal irão suspender as atividades, a partir do dia 15, terça-feira, em protesto a falta de regularização e pagamento por parte da autarquia Águas do Pantanal.

Representante Regional do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) Francisco da Silva Leite, o Da Silva, diz que os trabalhadores estão sendo vítimas de calote por parte da autarquia. A Águas do Pantanal nega as informações e diz que nunca houve assinatura de TAC.

A deliberação para a paralisação, conforme Da Silva, foi decidida entre os representantes das cooperativas e da associação – Sabina Cardoso, Aurino da Silva Castro e Heitor Fonseca da Silva – em reunião realizada no dia 6 de agosto. Eles condicionam a manutenção das atividades, a uma série de reivindicações.

Entre elas, a doação de um veiculo (caminhão) para cada cooperativa e associação, para melhor estruturação das organizações, no sentido de facilitar a realização da coleta seletiva a contento.  Requerem ainda a isenção de taxas de energia e água nas sedes das cooperativas e associação. Representante da MNCR, Da Silva diz que a decisão sobre a paralisação das atividades foi comunicada, através de oficio a promotora do Meio Ambiente, Liane Amélia Chaves, que está ciente de toda ação.

Os catadores decidiram também, durante a reunião, propor a autarquia Águas do Pantanal, a contratação das referidas empresas (cooperativas e associação) com pagamento fixo mensal. E, que pague as toneladas de materiais recicláveis retiradas do meio ambiente. Serviço esse, segundo eles, que já vem sendo realizado a comunidade, desde julho de 2016, sem que, até a presente data tenha sido pago.

“Na verdade essa autarquia vem nos enrolando desde 1 de julho de 2016, quando assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público para regulamentar a situação em 6 meses. Essa regulamentação consistia em fazer a contratação das cooperativas e da associação e acertar o débito dos serviços já prestados, mas até agora nada foi feito. Sempre postergam a data. Para dizer a verdade, os nossos catadores estão sendo vítimas de calote por parte Águas do Pantanal” afirmou.

O representante da MNCR não divulga os valores que serão cobrados pelos serviços de coletas já prestados. Segundo ele, será discutido entre as partes. Já em um eventual contrato com a Águas do Pantanal, os catadores fazem a seguinte proposta R$ 8 mil mensais para a Cooperativa Mista de Desenvolvimento do Pantanal e R$ 6 mil para cada uma das associações. A de Catadores do Pantanal e da Cidade Limpa.

Águas do Pantanal nega

Águas do Pantanal esclarece que não possui em aberto qualquer obrigação de repasse de valores à qualquer de seus fornecedores, ou ainda, às supostas cooperativas ou associação de catadores de Cáceres. Muito ao contrário, esta gestão se orgulha em adimplir suas obrigações com pontualidade.

Em razão disto, publicamente repudia as declarações infundadas daquele que se autointitula representante de catadores, o qual apenas busca a obtenção de vantagens pessoais, o que não haverá de prosperar em razão da responsabilidade desta gestão no trato com o dinheiro público.

Vítimas de calote, são os catadores engambelados pelo dito representante, que trabalham em supostas cooperativas de catadores sob promessa de pagamento de salário, quando deveriam participar da divisão de lucros auferidos pela suposta cooperativa. A Águas do Pantanal esclarece ainda que nunca houve assinatura de TAC com o Ministério Público, conforme a falaciosa alegação do suposto catador.

“Entendemos que a implementação efetiva da coleta seletiva demanda a mudança de paradigmas, em processo gradual, com responsabilidade na aplicação dos recursos públicos, em especial, com atenção a disponibilidade orçamentária, nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal. E que todo o processo está amparado na legislação vigente, que frise-se, foi editada pela atual gestão, demonstrando o compromisso desta com toda a sociedade cacerense, sem buscar privilegiar interesses pessoais de quem quer que seja”, afirma o diretor executivo Paulo Donizete da Costa.

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3 comentários

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  • por Priscila Gomes, em 14.08.2017 às 13:39

    Não sei que é o mais "mala" ai dessa foto, crê em Deus pai. Como diria um conhecido, "passa a morte que tô forte" em se tratando de (Da Silva) a gente já sabe o que esta por traz dessa cooperativa de lixo ai. Mais um golpe, igual aquele do "Windows Pirata" que ele tentou aplicar na cidade, vocês lembram? Abre o olho pessoal da prefeitura e Saec por que que se não ele vai botar até o pé... e pra tirar depois, nem justiça tira.

  • por joao, em 14.08.2017 às 12:11

    A ideia é interessante e concordo em reciclagem! O problema é que colocaram um MALA! pra ser o responsável.

  • por Junior, em 14.08.2017 às 12:02

    Espia da silva ressurgindo aí kkkkkkkk, aíaiai!

 
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