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27/07/2017 - 11:04

Pesquisadores da Unemat estão avaliando danos provocados por agrotóxicos, inseticidas e herbicidas no Pantanal

Por Danielle Tavares – Assessoria Unemat

Deivid Fontes – Assessoria Unemat

 (Crédito: Deivid Fontes – Assessoria Unemat)
A relação entre o uso de agrotóxicos, inseticidas e herbicidas, em atividades agropecuárias no planalto da bacia do Alto Paraguai, e sua influência sobre a flora e fauna do Pantanal matogrossense começam a ser investigados. 

Pesquisadores de seis instituições de ensino nacionais e internacionais buscam evidências de como o desmatamento e a contaminação por defensivos agrícolas nas cabeceiras dos rios vem comprometendo a biodiversidade dessa rica região.


As pesquisas são conduzidas por cientistas da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Universidade de East Anglia, no Reino Unido, e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Serão 10 áreas de estudo, distribuídas entre a nascente do Rio Paraguai ao Parque Nacional do Pantanal. Ao todo, a equipe de pesquisadores irá percorrer aproximadamente 700 km de Pantanal, com pontos de amostragem montados a cada 70 Km.

A equipe vai estudar populações de mamíferos, aves, anfíbios, répteis, peixes, botânica e a contaminação dessa biota por agrotóxico nos diferentes pontos do Pantanal, além da relação da perda da biodiversidade com a incidência de casos de leishmaniose e Doença de Chagas por meio desses reservatórios capturados. Cada espécie estudada demanda métodos específicos para coleta e análise dos indivíduos.

“Além da contaminação, vamos avaliar o quanto a paisagem está sendo alterada. Para isso, serão analisados dados temporais e especiais. Veremos nos últimos 30 anos quanto foi mudando na paisagem, o que isso interferiu na perda de espécies e projetar como vai evoluir”, disse o coordenador do projeto, Manoel dos Santos Filho, doutor em Ecologia, há mais de 20 anos atuando com Ecologia de Mamíferos.

Expedições- A primeira expedição foi feita no início deste mês, quando 16 pesquisadores ficaram 15 dias acampados em um ponto no Rio Sepotuba. “Um lugar fantástico, considerando que se trata de um enclave de floresta dentro do Pantanal, com presença de fauna e flora Amazônica como, por exemplo, o macaco aranha”, explicou Manoel.

O próximo trabalho de campo será na Estação Ecológica de Taiamã, de 3 a 14 de agosto.
As coletas são realizadas no período de seca no Pantanal, de junho a novembro, época em que é possível o acesso e encontrar os diferentes grupos de animais.  O projeto será executado em três anos.


O estudo vai contribuir com informações relevantes para a tomada de decisões e estabelecimento de políticas públicas, “com olhar especial para as unidades de conservação estabelecidas atualmente ao longo do Pantanal, Estação Ecológica do Taiamã, Estação Ecológica Serra das Araras e Parque Nacional do Pantanal”, ressaltou o professor. 

Sobre- O projeto “Erosão da Biodiversidade na Bacia do Alto Paraguai: impactos do uso da terra na estrutura da vegetação e comunidade de vertebrados terrestres e aquáticos” foi aprovado pelo edital Fapemat nº 037/2016, de apoio a Programa de Redes de Pesquisa.

Também fazem parte os professores Dionei José da Silva, Aurea Regina Alves Ignácio, Claumir Cesar Muniz, Maria Antonia Carniello, Paulo Venere, Carlos Augusto Peres, Joselaine Souto Hall Silva e Olinda Maira Alves Nogueira, além de estudantes de mestrado e doutorado.

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  • por PESCADOR:, em 27.07.2017 às 13:11

    ESSA EU QUERO VER POVO DE CÁCERES A PLANTAÇÃO DE SOJA VAI ACABAR COM NOSSOS PEIXE DE MAMANDO A CADUCANO NÃO TEM QUE DER JEITO NISSO EM SINOP O VENENO ATINGE AS MULHERES GRAVIDAS E AS CRIANÇAS AINDA NO VENTRE DE SUAS MÃE E MILHÕES EM JOGO EU QUERO VER O MINISTÉRIO PUBLICO EM AÇÃO VAMOS VER SE FUSIONA ESTA TAL JUSTIÇA COM WALLIS BATISTA NÃO FUSIONOU VAMOS VER NO QUE DAR . COM OS RIBEIRINHAS COMO SÃO HUMILDES FUSIONA QUE E UMA BELEZA AGORA VÃO MATAR OS PEIXE E OS RIOS DA REGIÃO.

 
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