O Sindicado dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) defende que na terceira fase do concurso público para provimento de 5,7 mil vagas e cadastro de reserva para a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), a chamada Avaliação Didática deixe de ser de caráter eliminatório e possa ocorrer durante a fase do estágio probatório.
“Os candidatos não podem ficar refém de uma avaliação subjetiva de uma banca, sob o risco de questionamentos futuros de direcionamento no processo seletivo”, argumenta o presidente do Sintep-MT, professor Henrique Lopes que convocou coletiva nesta quinta-feira (6) para apontar os "erros" no edital lançado há 2 dias pelo governo do Estado.
Este e outros apontamentos estão sendo feitos pelo sindicato que promete entregar segunda-feira (10) à Seduc um relatório com os erros que constam no edital do concurso público para preenhcimento de vagas e cadastro de reserva para os cargos de professor da Educação Básica, técnico e apoio Administrativo Educacional.
De acordo com Lopes, o objetivo é sanar qualquer possibilidade de cancelamento do concurso e não tumultuar o processo. “Somos os principais interessados de que o concurso ocorra. Foi uma das pautas da nossa greve de 2016, até por isso queremos garantir a total lisura do processo”, garante o líder sindical.
Um dos pontos levantados pelo sindicato é referente a “inconsistências” no edital. Entre eles, cobrar do candidato ao cargo de professor de Língua Portuguesa, raciocínio lógico de matemática. “Há erros de grafia, exigência do conteúdo programático igual para os cargos de apoio e de técnico administrativo, sendo que são para níveis de formação diferentes, nota 5 como sendo a nota de corte, sendo que o número de vagas abertas está muito aquém do número da real necessidade do Estado, entre outros”, aponta Henrique Lopes.
A própria Seduc já anunciou a publicação de uma errata no edital. “Por um equívoco da equipe que elaborou o conteúdo programático das provas, foram exigidos fatos relacionados à História do Estado do Espírito Santo – sendo que a orientação da Seduc é que sejam exigidos dos candidatos conteúdos que reforcem os saberes em história, geografia e literatura mato-grossenses. A alteração não afetará o andamento normal do concurso”, divulgou a pasta um dia depois da publicação do edital.
De acordo com a assessoria da pasta, a errata ainda não foi publicada, pois o Sintep convocou uma coletiva para esta quinta-feira (6) para falar sobre o assunto. Dessa forma, a gestão considerou melhor esperar os apontamentos do sindicato e publicar uma única vez as correções necessárias.
A assessoria reforça que a Seduc não tem compromisso com o erro e que irá avaliar todos os apontamentos que chegarem. Mas destaca que muitos dos professores interinos gostaram da etapa da avaliação didática, por considerar que isto pode ser uma vantagem para quem já está na sala de aula.
Recado
Apesar do relatório do Sintep chegar até a Seduc só na segunda-feira (10), data que tem início o prazo de inscrição do concurso, a orientação do sindicato é que os interessados em participar da seleção leiam o edital e se inscrevam. “Nosso recado é para que os interessados fiquem calmos, estudem e gabaritem nas provas para mostrar que Mato Grosso possui profissionais capacitados”, aconselha Henrique Lopes.