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02/07/2017 - 10:45

Governo Federal estuda fim do abono salarial para cortar despesas

Por Estadão

Estadão

 (Crédito: Estadão)
Se a votação da reforma da Previdência naufragar no Congresso Nacional, a equipe econômica já trabalha com uma alternativa para cortar despesas e garantir o cumprimento do teto de gastos e a volta de superávits primários nas contas públicas. A ideia é acabar com o pagamento do abono salarial.

O benefício, que é pago anualmente aos trabalhadores inscritos no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos e que têm rendimento médio mensal de até dois salários mínimos, custará R$ 17 bilhões neste ano. Tradicionalmente, era pago de julho a outubro para todos os 22 milhões de trabalhadores que têm direito. Desde 2015, porém, o governo da ex-presidente Dilma Rousseff dividiu o pagamento em duas etapas, como forma de diluir o custo.

O benefício também passou a ser pago proporcionalmente ao tempo de serviço, de maneira semelhante ao 13º salário - ou seja, atualmente varia de R$ 78 a R$ 937. O custo político do fim do abono salarial, porém, seria bem alto, uma vez que seus beneficiários são a camada mais pobre da população.

Embora o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, considere ainda viável a aprovação das novas regras para aposentadorias e pensões no segundo semestre, depois da votação da reforma trabalhista, sua equipe tem em mãos uma série de medidas que poderão ser adotadas no caso de a proposta de reforma previdenciária ser desidratada ou mesmo não for aprovada.

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, a Fazenda monitora as negociações da reforma diante do quadro político instável. Mas o ministério não vai ficar parado se a reforma não avançar, informou um membro da equipe econômica, destacando que há alternativas para garantir uma trajetória sustentável da dívida pública.

O fim do abono chegou a ser discutido há um ano, durante a elaboração da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do teto de gastos. Na última hora, a proposta foi retirada, assim como outras medidas mais duras, como o financiamento, pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) - responsável pelo pagamento do seguro-desemprego e do abono salarial -, de despesas de Previdência dos trabalhadores da iniciativa privada e dos servidores públicos, além de benefícios assistenciais previstos na Constituição.

Com as contas fechando no vermelho todos os anos, o FAT precisa da injeção de recursos do Tesouro para bancar o seguro-desemprego e o abono. Para este ano, estão previstos R$ 18 bilhões. A União, porém, já avisou o conselho deliberativo do FAT que não terá como bancar os rombos do fundo nos próximos anos e pediu medidas para diminuir as despesas.

Para a equipe econômica, o abono salarial, criado há 46 anos, não se justifica mais. O argumento é que o benefício foi criado na década de 1970, quando não havia política de valorização do salário mínimo com ganhos reais e nem rede de proteção social.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. 

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  • por Junior, em 02.07.2017 às 18:32

    Tem que cortar regalias de políticos que abafam dinheiro público e mandam par ao exterior, quantos bilhões desviados da petrobras ? Quantos e quantos bilhões o BNDES injeta em associados a picaretas que manipulam investimentos para engrossar contas e ajudarem a comprar os apartamentos nos EUA, para viverem uma vida de rei enquanto assalariados pagam seus impostos sacrificando 4 meses dos seus salários por ano, enquanto os nossos digníssimos excelentíssimos poliqueiros da politicagem nadam comprando joias em valores de milhões para lavar dinheiro, comprando sítios e triplex sendo reformado por corrupção com direito a piso italiano para ficar de frente para o mar vendo quem desembolsa as regalias dele é só tem final de semana uma praia poluida para laser ! Brasil está indo de mal a pior, quem sempre leva são os assalariados que banca a vida boa deles ! Aonde já se viu um governador ter uma renda mensal de 4 milhões e ficar com a cara mais limpa achando que todos são otarios ! Enquanto existir esses parasitos do dinheiro público existirá essa desigualdade maquiada de elaboradores de leis toscas ! Agora com tudo isso vcs acham que a justiça realmente fez jus aos valores que foram roubados ? Acredito que os valores sejam irrisórios ao que verdadeiramente foram surrupiados dos cofres públicos, e agora, esse valor de 17 bilhões para beneficiar tantos brasileiros não é irrisório ?

 
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