Notícias / Mato Grosso

16/10/2009 - 00:00

Farmacêuticos vão responder por tráfico de entorpecente

Por Jornal Oeste

STEFFANIE SCHMIDT DIÁRIO DE CUIABÁ Os três farmacêuticos presos em Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá) durante uma ação integrada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Polícia Federal, Conselho Regional de Farmácia (CRF), e Vigilância Sanitária do Estado (Visa), responderão por tráfico de entorpecentes, segundo informações da PF. Dois são proprietários enquanto um é apenas o responsável técnico dos estabelecimentos farmacêuticos que foram fechados. Duas drogarias foram interditadas na quarta-feira e uma farmácia de manipulação foi fechada ontem. Nos locais foram flagrados medicamentos cuja venda é controlada, sem registro de estoque no sistema da Anvisa. "São substâncias químicas que causam dependência tal qual a cocaína e também podem ser usadas na fabricação de droga", explicou o coordenador da Vigilância Sanitária do Estado, Fábio José da Silva. Os mesmos princípios ativos, de medicamentos controlados, foram encontrados na farmácia de manipulação sem comprovação de origem. "Para se ter uma idéia da situação, a última atualização do livro de registro é de 2008". A apreensão encheu uma sala da Polícia Federal em Sinop, segundo o delegado responsável, Paulo Maurício. Entre os produtos estavam anabolizantes, estimulantes sexuais e remédios para emagrecer. De acordo com o artigo 33 da Lei de Entorpecentes, a venda de medicação sem o registro pode ser enquadrada como tráfico de drogas, segundo o delegado Paulo Maurício. Outras três farmácias tiveram a interdição parcial decretada. "São situações em que a irregularidade encontrada é apenas referente a um ponto do estabelecimento e tem a possibilidade ser justificada em um processo administrativo", explicou Fábio José. A operação foi deflagrada, segundo ele, após o recebimento de uma série de denúncias que apontava irregularidades na venda de remédios e perfumes na cidade. Em branco Receitas em branco, somente com a assinatura do múdico, também foram apreendidas durante a operação. "É como um cheque em branco. Encontramos uma inclusive na bolsa de uma farmacêutica. Ali você pode prescrever para qualquer paciente, qualquer quantidade de medicamento", afirmou o assessor de Segurança Institucional da Anvisa, Adilson Batista Bezerra. Os presos foram encaminhados para a cadeia pública da cidade. Todos deverão ficar em cela especial por conta do nível superior.
 
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