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23/05/2017 - 13:45 | Atualizado em 24/05/2017 - 06:24

30 mil precisam de cirurgias de catarata na região, diz oftalmologista

Por Jornal Oeste

As pessoas que necessitam de assistência em saúde pelo Sistema Único de Saúde (SUS) da região sudoeste de Mato Grosso precisam de consultas e cirurgias oftalmológicas, como catarata, pterígio, pálpebras e retina, e somente com mutirões esporádicos como o feito recentemente pelo Estado em São José dos Quatro Marcos, não atende esta demanda, pelo contrario provocam transtornos nos pós-operatórios dos pacientes que necessitam de acompanhamento adequado e muitas das vezes não encontram.
 
         A revelação é do oftalmologista cacerense, Odenilson José da Silva, que diz que a realidade poderia ser diferente, se o Estado contratasse os serviços de profissionais que atuam na região, credenciado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ele explica que com o dinheiro gasto com o mutirão, o Estado poderia investir nos oftalmologistas que poderiam atuar para reprimir esta demanda.
 
         Odenilson revela que o atendimento poderia ser feito pelo Hospital Regional, mas por uma falha do Estado, o contrato com a OS - Santa Catarina não prevê cirurgias oftalmológicas.
 
‘’ Quando há necessidade de um atendimento emergencial, eu vou lá e opero, mas não é contratualizado como é o caso de outras especialidades’’, explica acrescentando que pelo sistema de regulação controlado pelo Estado, são feitas apenas 17 cirurgias de catarata por mês no Centro Oftalmológico de Cáceres - COC, quando poderiam ser feitas no mínimo 100 cirurgias ao mês, totalizando assim 1200 cirurgias ao ano, suprindo assim a demanda da região.
 
         Sobre os argumentos do Estado de quem não investe na oftalmologia da região por falta de profissionais disponíveis, Odenilson diz que hoje em Cáceres e na região há profissionais suficientes.
 
         Ele explica que só no Centro Oftalmológico, que ele dirige, há serviço de residência médica credenciado pelo MEC/CBO totalizando seis profissionais médicos em formação em oftalmologia, além de seis preceptores médicos oftalmologistas.
 
‘’ Temo que estes profissionais deixem Cáceres para atuar em outras cidades e  Estados, onde há grande demanda por oftalmologista’’,  revelou preocupado, acrescentando que hoje a estrutura da sua empresa está preparada para disponibilizar aproximadamente mil consultas, exames e procedimentos cirúrgicos  pelo SUS mensalmente.
 
‘’Fizemos um grande esforço para resolver o problema da falta de oftalmologistas na cidade e na região, e agora estamos iniciando a batalha para que o Estado dê serviço a eles’, ponderou.
 
Além do custeio de exames e consultas, Odenilson defende que o Estado também ofereça os óculos.
 
‘Se não fizer isso, fica um serviço incompleto. Quem busca a saúde pública é porque não tem dinheiro. O problema não será resolvido se após o exame ele não passar a usar óculos’, explicou.
 
Ele ainda pondera que como Cáceres tornou-se referência na prestação de serviço e ensino na área de saúde, tanto na graduação como na pós-graduação, seria necessário a valorização e integração da UNEMAT/COC e secretarias municipais de saúde para levar serviço de oftalmologia de qualidade tanto na área clínica como cirúrgica às comunidades carentes.

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  • por José Bezerra curisco, em 23.05.2017 às 15:17

    ESSE, SABE DAS NECESSIDADES DO POVO. RESTA SOMENTE ESCUTÁ-LO E POR EM PRÁTICA SUAS ADVERTÊNCIAS. OLHO VIVO!...

 
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