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23/03/2017 - 09:14

'Contra', Taques não aparece em Cáceres na instalação da Câmara Setorial Temática da Hidrovia Paraguai-Paraná

Por RDNEWS/Redação/Assessoria

Ilustração

 (Crédito: Ilustração)
Ao contrário do que estava previsto, o governador Pedro Taques (PSDB) não compareceu as discussões da Câmara Setorial Temática da Hidrovia Paraguai-Paraná da Assembleia, que estão acontecendo no Centro de Eventos de Cáceres, nesta quinta (23).

A ausência fez muitos lembrarem que quando era procurador da República, Taques ajuizou ação para impedir a realização de audiência pública sobre a implantação da Hidrovia Paraguai-Paraná. Quando questionado pelos adversários sobre o assunto, alegou que estava defendendo a legalidade porque não havia estudo de impacto ambiental do Ibama e se declarou favorável desde que a legislação seja obedecida. 

 Amanhã, técnicos, representantes do governo da Bolívia, consultores e integrantes de Organizações Não Governamentais (Ongs) vão debater medidas de efetivação dos portos da região Oeste. A Hidrovia Paraguai-Paraná a partir de Cáceres também estará em pauta. “O governador já deixou bem claro que não abre mão da credibilidade das empresas que farão o transporte hidroviário para não haver prejuízos ao rio”, destaca Reck Júnior, representante da Associação Hidrovia Paraguai/Paraná (AHPP).

A Câmara Temática foi proposta pelo deputado estadual Leonardo Albuquerque (PSD). O social-democrata vai apresentar um novo estudo de viabilidade técnica e ambiental que engloba toda a hidrovia, produzido pelo Instituto Tecnológico de Transporte e Infraestrutura da Universidade Federal do Paraná a pedido do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT).

Conforme a presidente da Câmara Temática, Cynara Piran, surge uma demanda de exportação de grãos pelos proprietários de transporte hidroviário em função da queda na procura pelo minério, que vinha sendo exportado pela hidrovia a partir de Corumbá (MS). “A hidrovia só depende dos terminais portuários, que estão desativados. Com a queda na procura do minério, surgiu a possibilidade de reativarmos os portos de Cáceres para exportar grãos”.

Reck Júnior, da AHPP, vai mais longe. Ele vê a possibilidade de exportação de contêineres, oriundos da Zona de Processamento de Exportação de Cáceres (ZPE), e madeira, além de grãos. “Precisamos pensar no todo e não num mercado segmentado”, defende.

A Associação Hidrovia Paraguai/Paraná, de Tangará da Serra, assinou com o Governo do Estado um termo de cooperação técnica para suceder a Docas do Brasil na exploração de um terminal portuário que está em nome da Companhia Mato-Grossense de Mineração, em Cáceres. O termo prevê investimentos da AHPP em segurança e reforma, que já está praticamente concluída.  

De acordo com informações do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI), a Hidrovia Paraguai/Paraná é uma das que oferecem melhores condições de navegação do país. Sai de Cáceres até Nova Palmira, no Uruguai.

São 3.442 quilômetros que englobam Brasil, Bolívia, Argentina e Uruguai, dos quais 1.290 km ficam em território brasileiro. Com o funcionamento da hidrovia, haveria uma redução do custo do frete em até 30% na região Oeste, Sul e Sudoeste do Estado, de acordo com estudos do movimento Pró-Logística.

Além da AHPP, há em Cáceres um terminal portuário do governo federal desativado há seis anos, instalado na zona central da cidade, e outros três planejados na extensão do rio, nas localidades de Santo Antônio das Lendas, Barranco Vermelho e Paratudal.  (Com Assessoria

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  • por Jr, em 23.03.2017 às 14:03

    Esse cara está c.... e andando para cáceres e região ! Está e mais pura verdade é para os lambe lambe a realidade dói !

 
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