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09/02/2017 - 09:39 | Atualizado em 09/02/2017 - 09:46

Estudo encomendado pelo DNIT diz que hidrovia Paraguai/Paraná deve ser utilizada

Por Priscila Mendes

Aluá Deliberai/ALMT

 (Crédito: Aluá Deliberai/ALMT)
Um seminário técnico que reuniu em Curitiba, ontem (07), representantes de nove instituições, debateu transporte e logística aquaviária, com foco no fortalecimento da malha hidroviária como opção de modal e redução do uso das rodovias.

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso e o governo do estado estiveram presentes representados pelo deputado estadual Dr. Leonardo (PSD).


Em uníssono, os sete palestrantes do “Fórum de Discussões Hidroviárias e Portuárias: Perspectivas e Soluções” destacaram o transporte hidroviário como o mais eficiente, com baixa demanda de investimentos, alto retorno financeiro e menor impacto ambiental, quando comparado à cultura nacional de uso de rodovias.

O fórum foi organizado pelo Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e pelo Conselho Nacional de Praticagem (Conapra), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).


O deputado estadual Dr. Leonardo (PSD) participou do evento a fim de colher informações técnicas sobre a instalação do modal, com foco a contribuir para o debate em curso sobre a possibilidade de levar a hidrovia que liga os rios Paraná e Paraguai (Hidrovia Paraguai-Paraná) a Cáceres (MT).

Atualmente, a via chega a Corumbá (MS), passando pelo Paraná, comunicando o Brasil à Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai, permitindo o acesso ao oceano Pacífico por dentro da América do Sul.

“Nós estamos no momento de discussão da reativação do porto em Cáceres. A integração desses rios permite a hidrovia do Mercosul, uma grande possibilidade de desenvolvimento social e econômico, sem esquecer das responsabilidades ambientais”, avalia.


O anfitrião do fórum, reitor da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca, ressaltou o papel dos espaços acadêmicos como propulsores de pesquisa, elemento indissociável na tríade ensino, pesquisa e extensão.

“A universidade não pode se eximir dos grandes problemas nacionais. A questão logística do transporte no Brasil e a alternativa hidroviária estão preocupando a academia e, nessa medida, podemos contribuir para este debate, um debate que pode fornecer soluções para o Brasil”, explica.


O diretor-presidente do Conapra, Gustavo Martins, é incisivo na defesa das hidrovias como modal.

“O transporte por hidrovias é o meio mais barato e o de menor impacto no meio ambiente. As principais potências do mundo usam a matriz hidroviária de uma forma extremamente eficiente. Infelizmente, no Brasil, nós dependemos em demasia do modal rodoviário, não houve investimento nas hidrovias”, lamenta, mas ressalvando que “ainda não é tarde, pois temos a possibilidade de mudar a matriz de transporte e efetivamente aproveitar as nossas hidrovias para podermos escoar as nossas safras”.


Ruy Alberto Zibetti, relações institucionais do ITTI/UFPR - instituto que tem por objetivo desenvolver projetos e tecnologias para a melhoria do transporte brasileiro – representa a equipe que desenvolveu um Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) na Hidrovia Paraguai-Paraná, a pedido do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e uma pesquisa encomendada pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

Zibetti demonstra bastante proximidade do Rio Paraguai na região de Cáceres, classifica como “buliçoso”, fazendo referência ao grande volume das águas, não exigindo muitas adaptações para o trânsito de embarcações.

“É um rio autônomo, um rio que desenvolve muita movimentação no seu leito, ele tem uma vocação natural”.

O representante do ITTI garante que Cáceres e região precisam usufruir de tamanha potência.

“Você percebe que a grande região de Cáceres traz - além da riqueza natural – próspera, fecunda – o desenvolvimento humano, que tem que andar passo a passo com o canal preservativo, mas não pode esquecer, em momento algum, de que o ser humano é a base do meio ambiente", explicou.


Participaram do fórum - além da ITTI/UFPR, do Dnit, da Conapra, da Fiep e da Antaq - a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), a Administração dos Portos de Paranaguá (APPA) e a Secretaria de Portos do Brasil (SEP).

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2 comentários

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  • por ariovaldo, em 09.02.2017 às 18:14

    E A MT 343 NADA, COMO QUE ESSA SOJA VAI CHEGAR AK, ATE O TRECHO PRONTO JA ESTA SE ACABANDO SO PROMESSAS,

  • por Junior, em 09.02.2017 às 14:39

    Ah !!!! Sério que esse tal de DNIT ainda existe ?????? Fala sério !

 
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