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09/10/2009 - 00:00

Após cassação de prefeito, novo escândalo começa surgir em Curvelândia

Por Jornal Oeste

Sinézio Alcântara Após a cassação do prefeito de Curvelândia, Lair Ferreira (DEM) do vice-prefeito Gabriel Frades da Silva (PMDB) e do vereador Octávio Augusto Régis de Oliveira (PTC), outro escândalo começa a surgir no município. A câmara de vereadores vai investigar comentários de que o prefeito cassado estaria supostamente “negociando” uma liminar junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para voltar ao cargo. “Nós não acreditamos nessa história. Mas, o comentário que se houve em todo canto da cidade é que o prefeito está negociando uma liminar junto ao TRE por R$ 200 mil. E como fiscal dos atos do Executivo, sentimos na obrigação de investigar. Caso haja algum indício vamos informar as autoridades”, assinala o vereador Osmar Rizzi, o Mazinho (PTB). Lair Ferreira foi cassado, na última segunda-feira, por crimes eleitorais. Conforme a sentença do juiz da 18ª Zona Eleitoral, Emerson Luis Pereira Cajango, as investigações da Polícia Federal, aliada a vários testemunhos, comprovaram que o prefeito e seu grupo político teriam praticado compra de votos, através de doação de motos, dinheiro em espécie, materiais de construção, carteira de habilitação e promessas de cargos comissionados. Além da perda do mandato, a justiça declarou a inelegibilidade do trio por três anos, aplicou uma multa de 20 mil UFIRs a cada um e recomendou a realização de nova eleição no município. O presidente da Câmara, vereador Cleuzimar Souza Oliveira, o Liba (PP) assumiu o cargo, na quarta-feira, até que se realize nova eleição na cidade. Os comentários, conforme o vereador são de que o recurso para a suposta negociação da liminar viria de Kléber Simões Duarte, apontado pela Polícia Federal como líder de uma quadrilha que atuava no tráfico internacional de drogas. Simões é presidente do DEM em Curvelândia (partido do prefeito cassado) e foi coordenador financeiro da campanha do cabo Lair. Simões foi preso logo após as eleições na operação Alfa realizada pela Polícia Federal. Não bastasse o revés eleitoral, o pouco tempo da Administração de Lair Ferreira está sendo investigado pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas do Estado por irregularidades em contratos e fraudes em licitações que alcançam o valor de R$ 300 mil, segundo denúncia feita pelo Legislativo Municipal. Por outro lado Por outro lado, cabo Lair refuta quaisquer comentários sobre o assunto. Ele diz estar otimista que retoma a função, mas por justiça, porque, segundo ele, tem a consciência tranqüila de que não cometeu nenhuma irregularidade. “Estou muito otimista que vou reassumir o cargo. Acredito que o TRE irá corrigir a injustiça a que estou sendo vítima. Mas nunca se quer foi ventilado qualquer coisa sobre negociação de liminar”, garante. Afirma que “não tenho carta na manga para negociar, principalmente, com desembargadores. Além disso, são pessoas sérias que jamais fariam esse tipo de coisa”. Diz que “se for para fazer negociação ou comprar liminar, prefiro perder de vez o mandato”.
 
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