Jornal Oeste

A nova presidência ainda não definiu assuntos considerados polêmicos da Câmara Municipal. Eleito por maioria dos votos – 9 a 6 – no último domingo (1/1), o presidente Domingos Oliveira dos Santos (PSB) diz que, os vereadores estão avaliando, mas ainda não decidiram se aumentam ou não ou valor da Verba Indenizatória, atualmente fixada em R$ 2.800,00. Outra questão: a realização de suposta auditoria para apurar possíveis irregularidades em dispensas de licitações para aquisição de produtos, praticadas nos últimos meses da gestão do ex-vereador e ex-presidente da Casa, Marcinho Lacerda (PMDB), também é uma incógnita.

No que se refere a possível aumento no subsídio dos vereadores, que hoje é de R$ 7.250,00 mensal, de acordo com Domingos, está totalmente descartado. “O aumento do subsidio está descartado, até mesmo porque, conforme a lei deveria ser feito no ano passado. Agora passou do tempo” explicou afirmando que “não sabemos nem mesmo se haverá aumento do valor da Verba Indenizatória. Ainda estamos avaliando porque temos outras prioridades” diz se referindo a reforma das instalações elétricas do prédio, a votação do lotacionograma, peça que antecede a realização do concurso público da prefeitura e a construção de gabinetes para os novos vereadores.

“A reforma da instalação elétrica da Câmara, por exemplo, é uma das prioridades. Ela já deveria ter sido feita há muito tempo. Está, inclusive, condenada pelo Corpo de Bombeiros e pode a qualquer momento provocar um grave acidente ou uma pane no sistema”, diz acrescentando que ”além disso, temos que resolver, imediatamente, o problema do concurso público da prefeitura que, por desencontro de informações, não foi votado no ano passado, causando transtornos a população. Não vamos amarrar nada aqui”, sem contar, segundo ele, com a falta de acomodações para os novos vereadores. “A princípio vamos dividir, mas temos que, brevemente, construir novos gabinetes”.

A realização de uma suposta auditoria para apurar possíveis  irregularidades em dispensas de licitações, para aquisições de produtos, na gestão do ex-vereador e ex-presidente Marcinho Lacerda, Domingos diz que “isso chegou a ser comentado, mas os levantamentos preliminares nada comprovaram de anormal e creio que não será necessária. A não ser que surjam fatos novos”.  Indagado se as pendências jurídicas do 1º secretário, vereador Alvasir Alencar pode comprometer o andamento da gestão, Domingos dos Santos disse que “a Justiça autorizou a candidatura e diplomou, normalmente, o vereador Alencar.  Isso já demonstra que ele está apto para desempenhar suas funções e acredito, não irá atrapalhar”.

Assim como o presidente, Domingos dos Santos, o vice-presidente José Eduardo Torres (PSC), assegura que o relacionamento entre os poderes Executivo e Legislativo será institucional, mas segundo ele, sempre com responsabilidade e a intenção de votar e aprovar o que for melhor e de interesse da população. “Vamos manter a independência dos poderes. Mas, sempre agindo com responsabilidade e com a intenção de aprovar o que for de interesse da sociedade. A eleição passou, o nosso partido agora é a nossa cidade”.