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08/01/2017 - 09:18 | Atualizado em 08/01/2017 - 09:22

Presidente do Sintep conclama contratados a não cumprirem acordo de reposição de aulas perdidas durante greve

Por Lucas Bólico

O presidente do Sindicado dos trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), Henrique Lopes Nascimento, fez um comunicado aos professores contratados pedindo para que não aceitem fazer a reposição das aulas perdidas pelos alunos no ano passado em decorrência da greve da categoria caso o Governo do Estado não pague novamente pelo período. Isso apesar de sindicato e governo já terem acordado no ano passado a reposição, assim que a greve acabou. 

A greve do ano passado na educação durou mais de 65 dias e ao fim governo e professores acordaram, sob intermédio do Tribunal de Justiça, que o tempo parado seria reposto para não prejudicar os estudantes. Estão programados 21 dias de aula para fechar o ano letivo dos estudantes. O governo não rompeu o contrato durante a greve e manteve os pagamentos durante o período de paralisação.
 
Como são temporários, os contratos se encerraram em dezembro de 2016 e agora o Sintep tenta exigir que os professores recebem pelo tempo de reposição das aulas. Para o sindicato, a postura do governo seria um “ataque os direitos dos trabalhadores”.

A assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) informou nesta semana que está renovando os contratos temporários dos professores que vão trabalhar de 10 e 31 de janeiro para repor as aulas perdidas durante a greve. Os novos contratos terão vigência de apenas 21 dias e não serão remunerados porque os profissionais não deixaram de receber os pagamentos durante o movimento grevista.
 
“Os novos Contratos Temporários de Prestação de Serviços de Reposição de Aula serão celebrados apenas pelas escolas que entraram em greve e ainda não repuseram todas as aulas”, informa a Seduc. Segundo o secretário-adjunto de Política Educacional da Seduc, Edinaldo Gomes de Sousa, por razões jurídicas esse contrato não pode ser remunerado, uma vez que tais profissionais já receberam pelo serviço, que ainda não foi completamente prestado.
 
Em vídeo endereçado aos contratados, o presidente do Sintep afirma que não se pode aceitar os apelos do governo para concluir o ano letivo de 2016 sem remuneração. “Se tem alguém que precisa explicar alguma coisa seria o Governo do Estado sobre onde está escrito e em qual legislação lhes assegura esse absurdo de querer fazer que o trabalhador assine um contrato abrindo mão da remuneração”, declara Henrique Lopes Nascimento.
  
De acordo com o Setor Jurídico da Seduc, se a secretaria pagasse por esses 21 dias de contrato, seria obrigada a exigir o ressarcimento dos valores pagos durante os 67 dias de greve. “O Estado poderia ter suspendido os pagamentos dos contratos temporários durante todo o período de greve, mas não o fez. Por isso, esperamos contar com todos os profissionais da Educação para o início da reposição”, disse o secretário-adjunto.
 
Ainda de acordo com Edinaldo Gomes, no dia 10 o Governo do Estado vai quitar o pagamento da Gratificação Natalina (13º salário) de todos os contratados temporariamente em 2016, conforme calendário divulgado previamente. A secretaria também já está finalizando o cadastro do Processo de Atribuição 2017 e deve divulgar a lista final ainda na primeira quinzena de janeiro.

Clique no link logado no Facebook e veja o vídeo:
https://www.facebook.com/sintep.deluta/videos/1541674675846782/

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  • por pagador de imposto., em 09.01.2017 às 09:09

    Esses vermelhinhos já tiraram o emprego dos trabalhadores brasileiros e sempre ofertaram uma educação de péssima qualidade comprovado por todos os órgãos nacionais e internacionais de avaliação. Agora tem como metas oferecer estudo nenhum... É a socialização da miséria associada à vigarice política das esquerdas brasileira.

  • por Pedro Francisco, em 09.01.2017 às 09:01

    Esses dirigentes do SINTEP são uma coisa de louco ou de extrema burrice mesmo. Se na idéia torpe desses valentes, interino devem ganhar duas vezes por algo que não fez. Como fica a situação dos efetivos que trabalharam aos sábados. Sei que,caso esses efetivos ganhassem algo para repor suas obrigações seria e é ilegal. Então onde estão à legalidade da pautas seus tontos Talvez na ingenuidade ou má fé de seus militantes.

  • por Junior, em 08.01.2017 às 10:19

    Entendo a classe, porém não poderiam fazer greve lá no gabinete do governo ao invés de prejudicar os alunos que não tem nada haver com isso!? Sempre achei esse lado da greve injusto, quem acaba pagando e quem não tem nada haver com ze promessa de político e professores revoltados com salário, e para completar mete sindicato no meio, sinceramente, sou trabalhador e temos nosso sindicato também, e venho observando a algum tempo outros, nunca vi esse povo de sindicato resolver nada, a não ser fazer darmos pressão para aumentar a bola de quem está à frente disso ! #soacho ! E a maioria dos trabalhadores que tem deus salários descontados em uma porcentagem para contribuição disso, reclamam por não darem apoio ou fazerem essa mesma pressão pq na hora que precisa mesmo eles colocam os " associados " para serem testa de ferro, então quem sustenta sindicato ao mesmo tempo serve de funcionário, testa de ferro e para que serve mesmo ? Ahhhh taaaaa, lutar pelos direitos ! Sempre os alunos que acabam se lascando com essas greves !

 
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