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21/12/2016 - 08:26

Indea faz em Cáceres o primeiro inquérito soro epidemiológico para influenza aviária e doença de Newcastle

Por Dayanne Santana

Indea

 (Crédito: Indea)
O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) iniciou, em agosto deste ano, as ações para o primeiro inquérito soro epidemiológico para influenza aviária e doença de Newcastle, em Mato Grosso. A análise envolve aves domésticas de subsistência de propriedades localizadas ao redor de 10 km dos sítios de invernada nos municípios de Cáceres e Araguaiana.

O inquérito soro epidemiológico foi dividido em duas etapas, sendo a primeira voltada para o cadastramento e atualização cadastral de todas as propriedades e espécies de aves domésticas. Foi aplicado questionário de investigação epidemiológica para reconhecimento dos estabelecimentos de maior risco na área de 10 km ao redor dos sítios de invernada de aves migratórias.

Já a segunda etapa consiste na colheita de amostras de material das aves (sangue, suabes de traqueia e cloaca de cada ave). A expectativa é que sejam colhidas 3.825 amostras de diversas espécies de aves, entre galinhas, codornas, perus, patos, marrecos e gansos. O material coletado será enviado para análise no Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), em São Paulo. 

Em Araguaiana, foram coletadas mais de 250 amostras. Em Cáceres, 102 propriedades já tiveram os dados atualizados, e quatro equipes do Indea finalizam esta semana a amostragem. A colheita de material das aves foi executada em 53 propriedades identificadas como de maior risco. 

Em 2008, o Indea realizou a atividade de reconhecimento dos sítios de invernadas de aves migratórias, percorrendo os Rios Cuiabá, São Lourenço, Guaporé, Araguaia, Teles Pires e Juruena. Foram identificadas 50 praias com presença de aves migratórias (Charadriiformes e Anseriformes) cujos resultados laboratoriais foram negativos para influenza aviária.

As regiões dos rios Araguaia e Paraguai são consideradas estratégicas para a prevenção e monitoramento das aves. Nos dois sítios selecionados foram cadastradas as maiores quantidades de aves silvestres aquáticas, com 2.017 no rio Araguaia e 430 no rio Paraguai.

Alerta e migração

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) emitiu na última semana um alerta sanitário, por tempo indeterminado, para intensificar as ações de defesa destinadas a prevenir a entrada da gripe aviária no país, uma vez que, a doença é considera uma ameaça permanente no mundo. Por ser livre da gripe aviária, o Brasil precisa redobrar seus esforços para proteger a sanidade de seus planteis de aves.

Periodicamente, o Brasil é visitado por milhares de aves silvestres que migram do Hemisfério Norte para o Hemisfério Sul. Dentre as aves que visitam o território brasileiro, destacam-se aquelas que migram com a proximidade do inverno. As aves migrantes vêm ao Brasil à procura de locais de invernada, em busca de alimento.

De acordo com o Mapa, o território brasileiro tem 20 sítios de monitoramento da entrada de aves migratórias, com vigilância ativa para influenza aviária e doença de Newcastle em aves domésticas residentes ao redor de 10 km desses locais. Nesses lugares também há vigilância passiva para as aves migratórias/silvestres.

Pelo menos 197 espécies de aves podem migrar. Desse total, 53% (104 espécies) se reproduzem no Brasil e 47% (93 espécies) têm sítios de reprodução em outros países. Para o Brasil migram espécies oriundas do Hemisfério Norte (Estados Unidos, Canadá e México), e países da América Central, bem como também do sul do continente (Argentina, Chile e Uruguai), e até mesmo da Antártida.

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