Jornal Oeste

A campanha e o combate ao câncer de próstata devem ser permanentes, não apenas um mês específico, como o mês de novembro.

A orientação é do urologista José Esteves de Souza Júnior, médico especializado no tratamento da doença, há 30 anos, na região de Cáceres.

O “Novembro Azul” é uma campanha de conscientização realizada no mês de novembro dirigido, em especial, aos homens, para conscientização a respeito de doenças masculinas, com ênfase na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de próstata.

“A campanha de conscientização realizada no mês de novembro, denominada Novembro Azul é, extremamente, válida. Porém, diante da evolução da doença seria importante que, os homens acima dos 45 anos, principalmente, os situados nos grupos de risco – que tem histórico familiar, sedentários, obesos e da raça negra, onde existe maior incidência – se prevenissem permanentemente, realizando os exames preventivos constantes para não ser descoberto em estagio avançado, de difícil cura” assinala.

O câncer de próstata é o segundo tipo mais frequente no Brasil, em homens, após os tumores de pele. Ele acontece quando as células deste órgão começam a se multiplicar de forma desordenada. A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, que pesa cerca de 20 gramas e se assemelha a uma castanha. Ela localiza-se abaixo da bexiga e sua principal função, juntamente, com as vesículas seminais, é produzir esperma.

A prevenção, de acordo com o médico, consiste na realização de exames com urologistas que avalia e estabelece o diagnóstico. Explica que, são feitos exames de sangue e o toque retal. “Ambos – tanto o de sangue quanto o toque retal – se complementam na busca do diagnóstico. Porém, em alguns casos, são necessários exames complementares como de ressonância magnética e biópsia” explica Esteves acrescentando que cerca de 20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados somente com toque retal”.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, cerca de 60 mil novos casos de câncer de próstata deve surgir no Brasil em 2017. Sendo considerado um número expressivo, que de acordo com José Esteves, requer campanhas e orientações mais constantes. Não existe uma estatística. No entanto, estima-se que, os três médicos urologistas de Cáceres, atendem mensalmente, cerca de 400 pacientes com sintomas da doença.