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06/10/2009 - 00:00

Prefeito de Curvelância é cassado pela Justiça Eleitoral

Por Jornal Oeste

Sinézio Alcântara Jornal Expressão O prefeito de Curvelândia – oeste do Estado, 275 quilômetros de Cuiabá - Lair Ferreira, o Cabo Lair (DEM), o vice-prefeito Gabriel Frades da Silva (PMDB) e o vereador Octávio Augusto Régis de Oliveira (PTC) tiveram os diplomas cassados pela Justiça Eleitoral. Depois de 9 meses de investigações e inúmeras audiências, a justiça concluiu que houve abuso de poder econômico praticado pelo prefeito e seu grupo político, caracterizado por compra de votos através de doação de motos, dinheiro em espécie, materiais de construção, carteira de habilitação e promessas de cargos comissionados. Além da cassação, a justiça declarou a inelegibilidade do prefeito, vice-prefeito e do vereador por três anos, aplicou multa de 20 mil UFIRs a cada um e recomendou nova eleição no município entre 20 e 40 dias. A cassação aconteceu na tarde de segunda-feira e ontem, um dia após a decisão, o vereador Cleuzimar Souza Oliveira (PP), presidente da Câmara, assumiu, temporariamente, a administração municipal até que haja nova eleição. No lugar do vereador Octávio Oliveira, irá assumir a primeira suplente Rosa Masson (PSDB). Ainda ontem, o prefeito cassado recorreu da decisão. Cabo Lair impetrou uma Ação Cautelar Inominada, junto ao TRE, solicitando efeito suspensivo da cassação. Ele garante que não participou de nenhum esquema para fraudar as eleições no município.. As denúncias de irregularidades nas eleições foram feitas pelo candidato derrotado Gilson Martins de Aguiar (PP), antes mesmo da diplomação dos eleitos. Conforme as denúncias, o então candidato a vereador Octávio Augusto era o articulador do esquema. Ele teria recrutado os cabos-eleitorais conhecidos por Marcos e Luciano para contatar com as pessoas na compra dos votos. Marcos e Luciano ofereciam as motocicletas aos eleitores em troca de votos para o então candidato a vereador e para os candidatos Cabo Lair e Gabriel, com a promessa de que a documentação seria transferida após as eleições. Ao todo, conforme a justiça se confirmou que foram distribuídas 11 motocicletas. Além da doação das motos constam dos autos do processo a compra de votos por meio de dinheiro em espécie, doação de materiais de construção, bem como carteira de habilitação e promessas de cargos comissionados. “As testemunhas ouvidas nos presentes autos dão conta da prática do ilícito pelos representados”, diz o juiz Emerson Luis Pereira Cajango, em um trecho da sentença. O candidato derrota Gilson Martins diz que “apesar na demora no julgamento se fez justiça”.
 
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