Notícias / Cidade

24/10/2016 - 15:39

Desportistas Cacerenses participam de ato em favor da Vaquejada

Por Jornal Oeste

Ilustração

 (Crédito: Ilustração)
Vaqueiros, apoiadores e admiradores da vaquejada de todo o País vão se reunir em Brasília nesta terça-feira, 25, num protesto na Esplanada dos Ministérios contra a proibição da modalidade esportiva.
 
Em todo o País, entidades que apoiam a Vaquejada farão mobilizações nesta terça-feira, 25, em apoio ao movimento de Brasília.
 
Em Cáceres, a ação acontecerá a partir das 8h no Sindicato Rural e será conduzida pela representação regional da Associação Mato-grossense do Quarto de Milha.
 
Segundo o agrônomo Fernando Aburaya, que também faz parte do Clube do Laça Comprido, a entidade resolveu apoiar o movimento porque entende que está havendo um equívoco e uma injustiça.
 
‘Estão generalizando. Não são todos os praticantes da vaquejada e das provas de laço que maltratam animais. Nós aqui em Cáceres, por exemplo, somos radicalmente contra isso. Tem que proibir maus-tratos, não o esporte, que é bonito e saldável’, completou.
 
Proibição
 
Por 6 a 5, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu no último dia (6) que uma lei estadual do Ceará que regulamenta a prática da vaquejada é inconstitucional.
 
Muito popular na região Nordeste, a vaquejada é uma atividade recreativa em que dois vaqueiros, montados em cavalos distintos, buscam derrubar um boi, puxando-o pelo rabo, uma prática considerada de “crueldade intrínseca” pelo ministro Marco Aurélio, relator do processo. Com a decisão, a prática fica proibida no país.
 
A ação foi movida pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusava a vaquejada de maus-tratos e crueldades contra animais, enquanto que o governo cearense defendia a prática, sob a alegação de que se trata de patrimônio cultural do povo nordestino.
 
O julgamento foi iniciado no STF em agosto de 2015, quando Marco Aurélio ressaltou que o dever de proteção ao meio ambiente prevalece sobre o aspecto cultural da atividade esportiva. À época, Marco Aurélio afirmou que a “crueldade intrínseca à vaquejada não permite a prevalência do valor cultural como resultado desejado”.
 
O voto do relator contra a vaquejada foi acompanhado pelos ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Celso de Mello e pela presidente do STF, Cármen Lúcia.
 
“Sempre haverá os que defendem que (a prática) vem de longo tempo, se encravou na cultura do nosso povo. Mas cultura se muda e muitas foram levadas nessa condição até que se houvesse outro modo de ver a vida, não somente ao ser humano”, disse Cármen Lúcia.
 
O julgamento dividiu a Corte. “A vaquejada não é uma farra, como no caso da farra do boi, é um esporte e um evento cultural. Vejo com clareza solar que essa é uma atividade esportiva e festiva, que pertence à cultura do povo, portanto há de ser preservada”, disse o ministro Dias Toffoli, que defendeu a constitucionalidade da lei cearense.
 
Votaram no mesmo entendimento os ministros Edson Fachin, Teori Zavascki, Luiz Fux e Gilmar Mendes.

Comentários

inserir comentário
4 comentários

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Jornal Oeste. É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site Jornal Oeste poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

  • por Daniela, em 25.10.2016 às 10:08

    Deram uma ótima ideia ali embaixo.. Lacem motos ou se preferirem, se veste de boi e sai correndo.. Vão se divertir a beça..

  • por Amabilen, em 25.10.2016 às 09:23

    O próprio Fernando reconhece que há a prática de maus tratos, o próprio companheiro do comentário anterior reconhece que não está certo adestrar um animal e usar de meios que não podemos garantir seu bem estar, e ainda, reconhece que é pelo "bel-prazer" do divertimento de nós humanos. É sério que nós cacerenses queremos ir às ruas, ao ministério em Brasília defender isso??? Fraturas nas caldas, patas, coluna.... e por ai vai???? Não venham com o discurso "cultural" da prática .... Mulheres são mutiladas em rituais "culturais" e nem por isso deixa de ser cruel.

  • por Cesar, em 25.10.2016 às 09:20

    Se o esporte é assim tão tranquilo, porque os admiradores desta prática não levam as suas mães para serem laçadas, derrubadas e peadas?

  • por Marcio, em 24.10.2016 às 16:33

    Alguns esporte ou pratica esportiva estão ameaçados por motivo que os defensores dos animais se entendem. de um lado está completamente corretos, pois adestrar um animal não é natural para eles, animais "coloque uma cela aperta as barrigueiras e não pergunte se está bem ou se está com indisposição ou não quer brincadeira naquele dia para correr o dia inteiro". em outro lado está nós admiradores de vaguejada e laço comprido, ficamos alegres em festa q Chamamos Classe A, valorizamos os melhores animais q faz de tudo em suas performace para mostrar q está tudo bem para os admiradores. Vamos laçar vaquinha na carrocinha puxada por moto rss.

 
Sitevip Internet