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19/10/2016 - 23:00

Novos policiais do Gefron passam por treinamento

Por Hérica Teixeira | Sesp-MT

Assessoria

 (Crédito: Assessoria)
Em busca de rotas para o transporte de drogas da Bolívia para o Brasil, os traficantes se valem de travessias por áreas de mata, pelos rios da região ou pistas clandestinas para pouso de pequenas aeronaves.

Para fazer frente a essas estratégias, os policiais do Grupo Especial de Segurança na Fronteira (Gefron) muitas vezes precisam se embrenhar em áreas isoladas, onde a capacidade de se adaptar ao ambiente é uma necessidade básica.

Na segunda e terça-feira (17 e 18.10), os 41 alunos do Curso de Policiamento na Fronteira (CPFron) conheceram técnicas que, em uma missão real, podem ser decisivas para o sucesso.

Confecção de armadilhas, abrigos improvisados, obtenção de água e fogo, orientação diurna e noturna, por exemplo, foram alguns dos tópicos abordados pelos instrutores.

"Essa instrução dá capacidade operacional para o policial de fronteira atuar com segurança na mata. É um treinamento voltado à rusticidade", diz o 2º tenente do Gefron, Carlos Henrique Scheifer.


Abrigos

O policial da fronteira tem que estar preparado para situações adversas, nas quais é preciso, por exemplo, construir abrigos com a matéria prima que estiver disponível -palhas de coqueiro, madeiras ou bambu são alguns dos materiais que podem ser empregados.

O 2º sargento Sidney Rangel Xavier diz que é preciso conhecer as características da vegetação, uma vez que Mato Grosso possui três biomas (Pantanal, Cerrado e Floresta) . "A matéria prima para a construção dos abrigos são os meios naturais que o terreno oferece", explica.

São três tipos de abrigos: permanentes, semi-permanentes e temporários. Contudo, a última opção é a mais utilizada, pois são construídos com o próprio material que o profissional carrega em sua bagagem. 

"Um exemplo do que usamos na mata é a rede de selva e poncho, material que serve para fazer cobertura", relata.



Deslocamento

Quando chega o momento de atravessar áreas de mata, os policiais contam com instrumentos como aparelhos GPS e bússolas. Mas, em caso de necessidade, também precisam saber se orientar pelo sol, pelo vento e também pela vegetação. O curso incluiu aulas téoricas e práticas de orientação diurna e noturna.

Outra habilidade crucial é a obtenção de fontes alternativas de água e de produção de fogo. No treinamento, os policiais conheceram variedades como o cipó de água, uma raiz da região pantaneira que pode servir em caso de necessidade.

"Dependendo da origem, é preciso tornar a água potável. Para isso, o recurso é ferver a água ou utilizar duas gotas por litro de água sanitária", disse.

Já para obter fogo na natureza o jeito mais usual é provocar o atrito entre uma pedra dura  e um facão para produzir faísca. Palhas de coqueiro os ninhos de passarinho podem ser usados como "iscas" para obter a chama.

"O aluno precisa sair daqui sabendo obter água e produzir fogo sem auxilio do mundo moderno, somente usando as ferramentas da natureza", ressaltou.

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