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26/09/2016 - 08:55 | Atualizado em 26/09/2016 - 08:56

CAOS A VISTA: Mais de 200 médicos cubanos devem deixar Mato Grosso

Por Gazeta Digital

Midia News

 (Crédito: Midia News)
O coordenador do Progra­ma Mais Médicos em Mato Grosso e professor da Facul­dade de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Reinaldo Gaspar Mota, esteve em Brasília, nesta quinta-feira (22), para tratar sobre o programa, e voltou a Cuiabá preocupado com as mudanças na inicia­tiva que, em dois anos, trou­xe para o Estado 225 médi­cos, sendo 208 cubanos. Eles atuam em diversos regiões e em sua maioria em al­deias indígenas.
 
“Creio que haverá descobertura em Mato Grosso, já que a equi­pe de saúde do presidente Michel Temer (PMDB) pror­rogou a iniciativa mas vai dispensar os cubanos e bus­car substitui-los por profis­sionais brasileiros”, comen­ta o coordenador.
 
Ele desta­ca, porém, que o programa existe justamente pela difi­culdade de manter médicos brasileiros em postos de saúde periféricos, em cida­des sem infra-estrutura e longe de grandes centros e principalmente na zona ru­ral e em terras indígenas. “Esta é uma preocupação grande”, lamenta. “Será que os médicos brasileiros estão dispostos a garantir esta cobertura?” - questio­na.
 
Antes do programa, ele diz que somente três ou quatro aldeias indígenas locais ti­nham médico. “Hoje são 30”.
 
Para ele, os governos mu­nicipais, estaduais e fede­rais fizeram, antes do Mais Médicos, “claras tentativas frustradas” em garantir a cobertura nos interiores do país.
 
Ressalta também que houve uma campanha nacional - chamada “Cadê o médico?” - potencializada por prefeitos e secretários mais prejudicados pela des­cobertura - que subsidiou o programa.
 
O coordenador Reinaldo destaca que o programa chegou a cidades pequenas, de fundação recente, ainda desestruturadas e de IDH abaixo da média. Os crité­rios de cálculo do Índice de Desenvolvimento Humano, ou IDH, são expectativa de vida, escolaridade e renda per capita local.
 
Ele critica as secretarias municipais e o Estado por “não terem dado respaldo ao programa” e diz que “va­ mos perder este apoio dos cubanos, que fazem isso em pelo menos 50 países ainda em desenvolvimento”. A medicina cubana é referên­ cia internacional.
 
O Conselho Regional de Medicina (CRM) em Mato Grosso mantém a mesma posição desde o início do programa Mais Médicos: é contra. A médica Maria de Fátima, vice-presidente do CRM, acredita que o Brasil deve favorecer os médicos brasileiros. Diz ainda que eles não ficam nestes locais distantes, agora atendidos pelo programa, por conta da instabilidade. “Se tives­sem concursos e um plano de carreira como o dos juí­zes ficariam”, supõe. Ela critica o fato de não ser exi­gido dos cubanos a valida­ ção do diploma de médico.
 
A BBC Brasil fez um levan­tamento com os coordena­dores do programa no país e todos estão com o mesmo temor, de enfraquecimento da iniciativa. Em nota à BBC Brasil, o MEC afirmou que os cortes ocorreram para responder à diminuição no número de profissionais do programa, que caiu de 18 mil para 14 mil, por conta da desistên­ cia de alguns profissionais. Reinaldo entende que a desistência é resultado da fal­ta de apoio.

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5 comentários

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  • por Paulo Renato, em 27.09.2016 às 15:00

    O nosso país não pode ser conivente com o trabalho escravo praticado por petralhas esquerdistas cubano em território brasileiro. Tem gente que ainda hoje vive uma realidade do século XV e adora defender os larapios vermelhos que nunca antes na historia DESTEPAÍZ levou os trabalhadores a miséria absoluta e ao desemprego recorde.

  • por Cê é loko cachoeira, em 27.09.2016 às 00:20

    Com tantas faculdades de medicina no Brasil e contratar médicos com diploma boliviano??? Só se for pra acabar de matar a população brasileira... Se o cidadão não consegue estudar e passar em uma faculdade aqui no Brasil será que terá validade o Certificado de medicina formado na Bolívia??? Só saberá passar medicamentos para dor de cabeça e acho que nem isso...

  • por psdb, em 26.09.2016 às 12:21

    vaza logo petralhas, mas vão direto pra cuba, não ficam aqui peruando não, voltem pra suas ditaduras petistas bolivarianas, onde seu lider fidel castro e um dos chefes de estado mais ricos do mundo. entenderam do mundoooo.

  • por Anikita, em 26.09.2016 às 11:52

    Vocês estão sabendo que quem vai substituir os médicos cubanos são os médicos brasileiros formados em outro país? Isto é ótimo para milhares deles que não precisarão mais trabalhar clandestinamente.

  • por Joel, em 26.09.2016 às 10:42

    Existe mais de 5 mil médicos formados No exterior que tem nacionalidades brasileira, se esse programa, garantir a contratação deles tenho certeza que não ficará descoberta as redes de saúde, também tem o lado dos cubanos que o governo deles boca 70% dos seus salários e aqui passam necessidades, não adianta arrumarem um lado e deixar outro descoberto ! Ditadura e democracia unidas não tem lógica ! Vamos explorar o que o nosso povo tem para oferecer sem acordos com governo do exterior que ganha em cima de coitados !

 
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