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02/10/2009 - 00:00

Gripe na gravidez traz risco cardíaco para o filho

Por Jornal Oeste

Terra Um estudo recém-publicado no Journal of Developmental Origins of Health and Disease (Jornal das origens Desenvolvimentistas da Saúde e da Doença) mostrou que crianças nascidas de mulheres que tiveram gripe na gravidez têm um risco bem maior de desenvolver doenças do coração no decorrer da vida. As descobertas mostram outras ameaças da gripe em grávidas, e dizem respeito tanto à infecção pelo novo vírus AH1N1 (gripe suína) quanto por vírus antigos. O estudo também demonstra que o que acontece no útero pode afetar a pessoa décadas depois do nascimento. Conduzido por Caleb Finch, da University Southern Califórnia, o estudo analisou os dados da pandemia de gripe de 1918 e descobriu que os garotos cujas mães foram infectadas durante o segundo ou terceiro trimestre da gravidez apresentavam 23% mais chance de ter doença do coração após os 60 anos do que os filhos de mães não infectadas pela gripe na gravidez. Em relação às meninas, a gripe no segundo ou terceiro trimestre da gestação não aumentou os seus riscos para doenças cardiovasculares futuras. Mas as meninas cujas mães tiveram gripe no primeiro trimestre da gravidez apresentaram uma probabilidade 17% maior do que a da população geral de ter essas doenças no decorrer da vida. Os pesquisadores examinaram os relatórios de mais de 100 mil pessoas nascidas nos EUA na época da epidemia de gripe de 1918. “A gripe de 1918 foi muito mais letal do que qualquer outra. Mesmo assim, há uma preocupação especial com a atual gripe suína, que parece ter como um dos alvos as mulheres grávidas”, afirma o autor do estudo. O vírus AH1N1 da gripe suína é um parente distante do vírus da gripe de 1918, que matou 50 milhões de pessoas e infectou 1/5 da população do planeta.
 
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