Jornal Oeste

O Ministério Público Estadual (MPE) de Cáceres por meio do promotor Kledson Dionysio de Oliveira divulgou ontem, 24, o conteúdo completo do inquérito civil público aberto para apurar as razões do abandono do Portal Turístico, localizado na entrada da cidade.
 
A obra foi inaugurada em 2005 pelo então governador Blairo Maggi, custou mais de R$ 1,1 milhão e nunca funcionou.
 
O Portal foi concebido para ser uma base de apoio aos turistas em visita ao Pantanal, com estandes para acesso a informações sobre passeios, divulgação da cultura e venda de peças de artesanato.
 
Mas, 11 anos depois o Portal Temático e Turístico da cidade tornou-se um símbolo do abandono e do desperdício de dinheiro público. A inutilidade do portal é duramente criticada pela população de Cáceres.
 
Moradores de Cáceres relatam que o local que deveria receber visitantes passou a acolher moradores de rua e usuários de drogas. "Essa obra não tem sentido nenhum e trata-se de desperdício de dinheiro público. É uma vergonha para nós moradores de Cáceres termos como porta de entrada um prédio abandonado, os turistas vão pensar que se a entrada é assim, imagina a casa toda”, afirma Cristiano Alves.
 
Em 2011, o ex-prefeito Túlio Fontes qualificou a estrutura como “um elefante branco” e sugeriu que fosse transformada em posto policial. Porém, a proposta não foi aprovada.
 
Uma conversação entre município e Estado já existe no sentido de que a Secretaria Estadual de Turismo assuma o local. A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Turismo, que não se pronunciou a respeito do assunto e orientou a procurar a Secretaria de Estado de Cultura.
 
Em nota, a secretaria adjunta de Turismo afirmou que não recebeu nenhuma notificação sobre o inquérito a respeito do portal de Cáceres.
 
Afirmou ainda que a equipe da Seadtur está em contato com o DNIT para buscar uma solução a respeito da área, uma vez que o portal foi construído próximo a uma faixa de domínio da BR-070, que é de gestão do departamento, e somente após solucionar essa questão é que a secretaria pode fazer gestão para assumir o local, o que não aconteceu ainda.
 
Clique no link abaixo e veja a denúncia completa.
http://www.jornaloeste.com.br/uploads/acao.pdf