Jornal Oeste

Ana Paula Bortoloni Da Redação Cerca de 250 policiais federais em Mato Grosso cruzaram os braços ontem por 24 horas pelo reenquadramento da terceira para a segunda classe. Em Cuiabá, delegados e agentes foram para a frente da Superintendência da PF, onde permaneceram sentados e só o setor de emissão de passaportes funcionou, onde o serviço é terceirizado. No Estado, cerca de 85% dos servidores foram aprovados no último concurso e fazem parte da terceira classe. Exceto os trabalhos referentes a operação "Maranellos", deflagrada na segunda-feira, foram mantidos. Conforme o presidente do Sindicato dos Policiais Federais em Mato Grosso, Erlon José Brandão Souza, o protesto ocorre porque o governo federal "mudou as regras" do edital do concurso quando a turma estava se formando. Antes disso, explica, não havia a terceira classe e o tempo para alcançar a classe especial era de 10 anos, sendo que agora são 15. O salário inicial para agentes, escrivães e papiloscopistas é de R$ 7 mil e para delegados e peritos de R$ 13 mil. Da terceira para a segunda classe, após 5 anos, o aumento salarial para o concursado é de R$ 300, da segunda para a primeira R$ 1 mil e desta para a especial são R$ 1,5 mil. Paralisação - Hoje cerca de 15 mil servidores públicos federais de Mato Grosso vão suspender as atividades durante 24 horas, data marcada como o Dia Nacional de Paralisação. Às 8h, a categoria irá se reunir na praça do Monumento Ulisses Guimarães, no Centro Político e Administrativo, em frente ao Shopping Pantanal. A intenção é pressionar o governo federal a reabrir as negociações para fazer cumprir os acordos de 2008.