Jornal Oeste

O período de estiagem já vem castigando o rio Paraguai. Nesta quinta-feira (21), o rio atingiu a marca de  1,06 cm de profundidade,  ainda não é o pior índice, pois o rio já chegou a marca de 85 cm, segundo apontou a Agência Fluvial de Cáceres,  responsável pelas medições do nível do rio.

Considerado o maior rio da Bacia Hidrográfica do Paraguai, o rio já vem apresentando problemas  de navegabilidade para grandes embarcações. Ouvido pela reportagem do Jornal Correio Cacerense, o capitão da Marinha, Ronaldo Lima, informou que é  preciso ter cautela, pois as embarcações maiores correm o risco de encalhar em alguns pontos, mas a medida do rio ainda está em nível recomendado para a navegação. O  Ministério dos Transportes aponta que a profundidade recomendável para a navegação no rio Paraguai varia de 0,90 a 1,22 metro durante todo o ano.

De acordo com Ronaldo, a partir desta época a tendência é que o nível se mantenha estável, mas ainda não tem sido observado a estabilidade, uma vez que de terça-feira para ontem ele baixou 3 centímetros.  Ele ainda informou que para contornar a situação, empresas de dragagem foram contratadas para retirar os sedimentos do fundo do rio e, assim, aumentar a calha para melhorar a navegabilidade.

A dragagem está sendo executada próximo ao hotel Baiazinha e em todo trecho compreendido entre Cáceres e Fazenda Santo Antônio das Lendas. A empresa JEED Engenharia, empresa terceirizada da AHIPAR,  vem realizando os serviços de Dragagem desde o dia 10 de junho e a previsão que o serviço se estenda até dia 10 de agosto.

Ronaldo ressalta que esta atividade é executada anualmente, nos quatro meses de menor profundidade do rio. Atualmente estão identificados em torno de 31 pontos críticos de navegação entre Cáceres e Corumbá que necessitam ser dragados.

Ainda está sendo realizado pela empresa Caruso Jr. Estudos Ambientais e Engenharia Ltda, o levantamento hidrográfico Categoria “B”, consistindo em  estabelecimento do perfil batimétrico em vários pontos do Rio Paraguai, a fim de definir o canal de navegação e subsidiar os serviços de dragagem, no trecho compreendido entre os municípios de Corumbá/MS e Cáceres/MT.

De acordo com o biólogo que acompanha os serviços da empresa JEED, a  dragagem é importante não só para  aprofundar o canal do Rio para no mínimo 1.20,  mas também para a reprodução dos peixes  que em época de piracema  se locomovem para a desova, e a obstrução do canal facilita a locomoção das espécies, finalizou Ronaldo.